Um reunião entre representantes da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o oposto Wallace, do Sada/Cruzeiro, selou um acordo para encerrar a questão disciplinar envolvendo o jogador.
Segundo informações do UOL, a CBV deve pagar uma multa para o Conselho de Ética do COB para poder voltar a receber repasses e verbas públicas nos próximos meses, encerrando a punição de seis meses imposta anteriormente.
O jogador, que havia sido punido por um ano, receberá um gancho de 90 dias, o que, na prática, não afetará sua próxima temporada no time mineiro. Wallace não poderá atuar em torneios do COB por um ano, logo, estará fora dos Jogos Pan-Americanos.
Entenda o caso
No início do ano, o jogador Wallace, oposto do Sada/Cruzeiro, foi suspenso e punido por 90 dias, após publicar nas redes sociais uma enquete perguntando aos seus seguidores se dariam um tiro no presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Comitê Olímpico justificou o afastamento do atleta com base no Código de Conduta Ética do COB.
A suspensão iria de 3 de fevereiro a 3 de maio. Só que o jogador entrou em quadra em 30 de abril, no último jogo da final da Superliga Masculina, respaldado por uma liminar publicada pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em 12 de abril, que o liberaria para jogar.
Essa liminar recebeu a validação do Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (Cbma), que é o órgão indicado pela CBV e pelo CBO para resolver esse tipo de conflito.
Ainda assim, o Cecob entrou em ação novamente após o jogo por compreender que a decisão do COB era soberana, não cabendo uma liminar. Entendendo que a escalação de Wallace seria irregular, o conselho aplicou uma nova pena ao atleta, aumentando o período de suspensão para cinco anos. Também impôs à CBV a perda de repasse de verbas durante seis meses, além de suspender Radamés Lattari, presidente da entidade.
A defesa de Wallace, então, recorreu ao CBMA e protocolou um recurso contra a decisão. No processo movido na Justiça comum, a CBV pediu que os efeitos da punição contra a entidade sejam suspensos até que o CBMA julgue se a decisão do STJD é válida. Dessa forma, ela conseguiria o retorno dos repasses financeiros até o julgamento definitivo do caso.
Agora, todos os envolvidos concordaram em não questionar a nova decisão, e desistir dos processos que estão em andamento.