Um forte terremoto de magnitude 7,8 atingiu, nesta segunda-feira (6), a região central da Turquia, perto da fronteira com a Síria, deixando um rastro de destruição. Somando os dois países, o número de mortes já passa de 1.600 pessoas. Conhecida por seu destaque no vôlei, a Turquia é a residência fixa de diversas jogadoras brasileiras, como a ponteira Gabi, a levantadora Macris e a central Bia. As três moram em Istambul, distante do epicentro do terremoto.
"Estamos bem por aqui, mas acompanhando as notícias com muita tristeza e rezando por todos", escreveu a ponteira Gabi, da Seleção Brasileira e que atua no do Vakifbank.
Em suas redes sociais, Macris, ex-Minas Tênis e hoje atleta do do Fenerbahçe, pediu orações para o país.
Outra que teve passagem pelo Minas e está na Turquia é a ponteira Rosamaria. Jogadora do Busto Arsizio Volley, da Itália, ela desembarcou, nesta segunda, em Istambul, onde disputaria o jogo de volta da Copa CEV, contra o Turk Hava Yollar%u0131 Spor Kulubu, nesta terça-feira - a Federação Turca de Vôlei anunciou que todas as atividades da modalidade no país estão suspensas até segunda ordem.
Em suas redes sociais, Rosamaria tranquilizou os fãs e confirmou que está tudo bem na capital do país, uma das regiões menos atingidas.
Já a central Bia está em sua primeira temporada no país, pelo Kuzeyboru, e descreveu momentos de terror durante a madrugada. A jogadora mora mais perto da região dos fortes tremores e contou que precisou se abrigar no carro durante a noite.
"Recebi bastante mensagem do pessoal perguntando do terremoto. Só para contar um pouquinho para vocês: eram 4h20, acordei, estava tudo balançado. Não estava entendendo muito bem. Peguei o telefone e vi algumas mensagens perguntando se estava tudo bem. Aconteceu uma segunda vez, e aí pediram para todo mundo sair do prédio, ficar nos carros. Estava nevando bastante. Passaram uns 40 minutos e pediram para voltarmos para o prédio e falaram que estava tudo bem. Voltei a dormir e quando acordei, vi as meninas falando no grupo, preocupadas com a família e os amigos. Foi nesse momento que percebi o quão forte foi a intensidade", contou a jogadora.
Bia garantiu que está bem, mas destacou ter ficado assustada com o segundo tremor: "Na nossa cidade sentimos um terremoto de 6.0, 5.8. Mas em outros lugares foi mais forte. Confesso que na segunda vez deu bastante medo, mas ficou tudo bem. Estou bem, o prédio está bem, a cidade está bem. Mas, infelizmente, em outros lugares a situação foi bem grave".
Murilo Radke, levantador do Bursa Buyuksehir Belediyespor, também disse estar bem e pediu orações ao país: "Obrigado a todos pelas mensagens de preocupação. Aqui estamos todos bem. Meus sentimentos a toda Turquia. Pray for Turkey".
Mortos e desaparecidos
Segundo relatos, o tremor principal durou mais de um minuto e meio e milhares de pessoas seguem desaparecidas.
Mais de 40 tremores foram registrados desde o terremoto principal, o último deles de magnitude 7,7. As principais regiões afetadas na Turquia são Kahramanmaras, Hatay, Kilis, Gaziantep, Adana, Osmaniye, Diyarbakir, Malatya, Adiyaman e Sanliurfa. Vários prédios desabaram.
Até o momento, a Federação Turca de Vôlei anunciou a morte de uma jogadora, a jovem Naz Terzi, que defendia o Set Volleyball Junior A.
Segundo o site Fotomac, da Turquia, 14 jogadoras da equipe feminina de vôlei do Hatay, que disputa as divisões inferiores do país, estavam em um prédio residencial que desabou. As atletas não conseguiram mais ser contactadas pelos representantes do clubes e até o momento desta reportagem não há informação sobre as jogadoras.
Compartilhe