O presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou publicamente após notícia da morte da ex-jogadora de vôlei Isabel Salgado. Na segunda-feira (14/11) a ex-atleta havia sido indicada para a pasta do esporte na equipe de transição do governo. Isabel era voz ativa no movimento Esporte Pela Democracia.
Isabel Salgado não foi apenas um símbolo para o esporte, mas também de luta na defesa de seus ideais. Seu pioneirismo no esporte abriu as portas para muitas brasileiras. Suas conquistas levaram o Brasil a outro patamar na história do vôlei feminino.
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Em suas redes sociais, Lula lamentou a morte da ex-jogadora e exaltou seus feitos na luta pelo vôlei feminino e pela democracia.
"Isabel Salgado não foi apenas um símbolo para o esporte, mas também de luta na defesa de seus ideais. Seu pioneirismo no esporte abriu as portas para muitas brasileiras. Suas conquistas levaram o Brasil a outro patamar na história do vôlei feminino", destacou Lula.
O presidente eleito falou também da atuação política da ex-jogadora: "Uma referência tanto na quadra quanto na praia, foi convidada a integrar o Grupo Técnico de Esporte no Gabinete de Transição por sua competência como atleta e voz ativa por um país mais justo".
Carreira vitoriosa
Maria Isabel Barroso Salgado deixou seu nome no esporte nacional. Nascida no Rio de Janeiro, foi revelada nas quadras pelo Flamengo e fez história ao ser a primeira jogadora brasileira a atuar na Europa - jogando no Modena, da Itália, em 1980.
Isabel atuou nos Jogos Olímpicos de Moscou'1980 e Los Angeles'1984, durante o período de profissionalização da Seleção Brasileira feminina. Em 2016, a ex-jogadora foi um dos nomes a carregar a tocha olímpica no Rio, cidade-sede dos Jogos e sua terra natal.
Após sua despedida das quadras, deixou seu legado no vôlei de praia, onde chegou a atuar ao lado de Jackie Silva, uma das suas principais amigas na época da quadra. Depois de encerrar sua história como atleta, virou treinadora.
Esporte Pela Democracia
Em 2020, Isabel se juntou a Casagrande, colunista da Folha de S.Paulo, e a outros esportistas para formar o movimento Esporte Pela Democracia. Nos anos 1980, ela também participou do movimento das Diretas-Já, onde conheceu Casagrande.
Durante uma entrevista para a Folha de S. Paulo, em 2020, a ex-jogadora disse que ''atletas não podem ficar neutros diante de injustiças" e que o posicionamento servia para "mostrar ao governo que também somos cidadãos".