Dani Cuttino lesionou polegar da mão esquerda durante treino, está fora de ação e se despediu do Minas
O Minas terá um desfalque importante para a reta final da Superliga Feminina. A oposta norte-americana Danielle Cuttino teve lesão no ligamento do polegar da mão esquerda e está fora da sequência da competição. Ela já não havia atuado na vitória por 3 a 1 sobre o Sesi Bauru, sábado passado, em BH, no primeiro jogo das semifinais.
Nesta segunda-feira, o Minas informou que Dani Cuttino teve constatada lesão no ligamento do polegar da mão esquerda, o que afasta a oposta dos jogos restantes da temporada. Ela viajou para os Estados Unidos e será avaliada pela comissão médica da seleção local.
Por meio das redes sociais, Dani Cuttino adotou tom de despedida ao comentar a ausência na fase final da Superliga. Ela disse que a opção por deixar as companheiras em um momento de definição da competição foi uma decisão difícil. "Infelizmente nesta última semana sofri uma lesão na mão esquerda que acabará por encerrar minha última temporada aqui em Minas. Tive que tomar a difícil decisão de deixar meu time durante o playoff, ir para casa e iniciar o processo de tratamento e reabilitação", escreveu.
"Estou devastada com esta situação. Esta temporada foi uma das mais desafiadoras por muitas razões, mas também uma das mais gratificantes. Com isso, cresci e aprendi muito sobre mim mesmo como jogadora e pessoa. Esses dois anos em Minas foram inesquecíveis e saio daqui de cabeça erguida. Sou muito grata por poder experimentar como é viver no Brasil. Este nunca é o final que eu esperava ter, mas não vou deixar o final definir toda a jornada que tive aqui. Agradeço às minhas companheiras de equipe. Nunca imaginei que conheceria pessoas que mudariam minha vida para sempre", continuou a oposta.
Dani Cuttino, de 25 anos, ocupa o 12º lugar entre as principais pontuadoras desta Superliga, com 268 bolas certeiras. Ela tem média de eficácia de 43%. A norte-americana, que sofreu a lesão em um treino antes do primeiro confronto com o Sesi Bauru pelas semifinais, é uma das jogadoras mais acionadas pela levantadora Macris e tem participação ativa nos ataques pela saída de rede.
Sem Macris, o técnico do Minas, o italiano Nicola Negro, deverá escalar a oposta Kisy, de 22 anos. A reserva sempre é utilizada durante as partidas, até mesmo para descansar Dani Cuttino. Outra opção é começar com a turca Neri Ozsoy na função pela saída de rede, com a ponteira Priscila Souza entre as titulares.
O Minas está a uma vitória de confirmar a classificação para a grande final da Superliga. Atual bicampeão - ganhou nas temporadas 2018/19 e 2020/21 (em 2019/20 a competição foi interrompida pela pandemia e não chegou ao fim) -, o clube mineiro visitará o Sesi Bauru nesta quarta-feira, no Ginásio Panela de Pressão, às 21h. Se necessário, o terceiro e decisivo embate será no sábado (16), às 21h30, na Arena Minas.
Veja o post de Dani Cuttino no Instagram
"Antes de mais nada, agradeço a Deus. Foram-me confiadas tantas lições, bênçãos e oportunidades que é impossível não ter gratidão ao refletir sobre minha vida. Não importa a situação em que eu esteja, eu consigo sorrir porque o bem que Ele faz por mim sempre superará qualquer mal. Infelizmente nesta última semana sofri uma lesão na mão esquerda que acabará por encerrar minha última temporada aqui em Minas. Tive que tomar a difícil decisão de deixar meu time durante o playoff, ir para casa e iniciar o processo de tratamento e reabilitação. Estou devastada com esta situação. Esta temporada foi uma das mais desafiadoras por muitas razões, mas também uma das mais gratificantes. Com isso, cresci e aprendi muito sobre mim mesmo como jogadora e pessoa. Esses dois anos em Minas foram inesquecíveis e saio daqui de cabeça erguida. Sou muito grata por poder experimentar como é viver no Brasil. Este nunca é o final que eu esperava ter, mas não vou deixar o final definir toda a jornada que tive aqui. Agradeço às minhas companheiras de equipe. Nunca imaginei que conheceria pessoas que mudariam minha vida para sempre. Os sacrifícios que fizemos, as lágrimas que compartilhamos e todas as risadas, sempre serei grata a este esporte apenas pelas pessoas que ele me trouxe. É uma coisa bonita quando há uma barreira de linguagem, mas o coração da pessoa pode falar muito. Obrigada a todos da equipe aqui em Minas, que acreditaram em mim e me incentivaram. Finalmente, obrigado ao incrível apoio de todos; minha equipe médica dos EUA/Minas dando o pontapé inicial para a recuperação que preciso, os amigos que conheci ao longo do caminho e os fãs... Obrigada pelo amor e apoio infinitos. Saio daqui tendo crescido tanto, essa é uma experiência que nunca vou esquecer. BH você foi incrível. Não um adeus, apenas um até logo quando encerro um capítulo. Estou otimista com o novo que vem pela frente."