O Brasil sofreu, esteve muito perto de ser derrotado por 3 a 0, mas salvou quatro match points e conquistou uma virada fantástica diante da Argentina. Com o triunfo por 3 sets a 2, neste sábado, em Santiago, a Seleção Brasileira conquistou o título do Sul-Americano de Vôlei pela 32ª vez, em 33 participações. O time verde-amarelo só não levantou a taça em 1964, quando não esteve presente na disputa em Buenos Aires.
As parciais da grande virada brasileira foram de 24/26, 22/25, 31/29, 25/20 e 15/13. A Argentina, que fora batida pelo Brasil na fase de classificação por 3 sets a 1, dessa vez dificultou demais para a equipe do técnico Renan Dal Zotto. Os hermanos, comandados pelo treinador do Cruzeiro, Marcelo Mendez, abriu 2 a 0 de forma impecável e esteve muito perto de aplicar um 3 a 0. Mas valeu o espírito de luta dos brasileiros, que se superaram para buscar uma reação fantástica em Santiago, no tie-break.
O Brasil levou uma equipe mesclada, com jovens e alguns atletas mais experientes. Já classificado para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, com uma virada incrível sobre a Bulgária, em Varna, o time verde-amarelo teve certa dificuldade para acertar o posicionamento em quadra, muito em função do entrosamento. Em compensação, sobraram disposição e garra dos jogadores para a virada.
BRASILEIROS ENTRE OS DESTAQUES
BRASILEIROS ENTRE OS DESTAQUES
O Brasil teve alguns destaques no Sul-Americano de Vôlei. Três jogadores apareceram na seleção dos melhores da competição: o ponteiro Leal, o central Flávio - que deixou o Minas e se transferiu para o Sesc-RJ - e o oposto Alan, escolhido como o MVP - o mais valoroso do torneio.
O cubano Leal, que marcou 11 pontos na final diante da Argentina, disse que a maior virtude dos jogadores na virada foi o lado coletivo. "Acredito que a união de todo o grupo permitiu que pudéssemos reverter o resultado, num jogo muito complicado. Graças a Deus ganhamos, ficando com o título", comemorou o ponteiro, ex-ídolo da torcida do Cruzeiro e que defende o Civitanova, da Itália.