Cruzeiro vence o Sesi no tie-break, em São Paulo, e sai na frente na final da Superliga

O Cruzeiro conquistará o hexacampeonato se vencer o segundo e decisivo confronto, no próximo domingo, dia 6, às 9h, no Mineirinho. Ao Sesi resta devolver a derrota para o time celeste, agora fora de casa e com a torcida quase toda contra, para buscar o título em um set decisivo, o chamado ‘golden set’. A equipe paulista almeja o bi da Superliga. 

O Cruzeiro, que vinha de uma classificação sofrida diante do Taubaté, depois de perder as duas primeiras partidas e virar para 3 a 2 a série semifinal, voltou a se superar em momentos de instabilidade contra o Sesi. O saque foi o principal problema da equipe celeste, com alto percentual de erros. A recepção também deixou a desejar, o que obrigou a equipe mineira a jogar no limite e usar toda a qualidade coletiva e individual para sair em vantagem como visitante na decisão.

Além do levantador Uriarte, eleito o melhor em quadra por meio de votação popular na internet – o argentino recebeu o Troféu Viva Vôlei -, o Cruzeiro teve em Serginho outro destaque, até mesmo na função de levantador na sequência dos contragolpes. O ponteiro Leal e o oposto Evandro terminaram como os principais pontuadores, cada um com 21 acertos, e também foram peças fundamentais para o triunfo no Ibirapuera. 

O Sesi aproveitou ao máximo o apoio maciço da torcida, que compareceu em peso ao Ibirapuera (11 mil pessoas), e foi um adversário complicado para o Cruzeiro, que se desdobrou em quadra para sair na frente no primeiro set. Depois que o técnico Marcelo Mendez pediu o desafio do vídeo, um erro de saque dos donos da casa resultaram no triunfo celeste: 25 a 23. 

O segundo set também foi equilibrado e decidido nos detalhes. O Cruzeiro abriu vantagem no começo, mas o Sesi buscou o empate em momentos cruciais. No fim, em um toque na rede, o time paulista levantou a torcida ao fechar a série em 27 a 25, igualando o jogo em sets. 

O terceiro set, novamente, foi uma troca constante de pontos para as equipes. No fim, o Sesi abriu 21 a 19, mas o Cruzeiro buscou o empate. Depois, virou para 24 a 23. Em um bloqueio de Isac, os visitantes fecharam em 26 a 24, se aproximando do triunfo. 

O Sesi, no entanto, mostrou muito brio e conseguiu levar a partida para o tie-break. Com Alan mostrando serviço e precisão no saque, o time paulista fez 25 a 22 em um ponto polêmico. Filipe atacou uma bola que a arbitragem considerou fora. O técnico Marcelo Mendez solicitou o desafio, porém, uma falha no sistema eletrônico do telão impossibilitou a imagem. Os cruzeirenses protestaram, só que o resultado foi mantido e o líbero Serginho ainda recebeu o cartão amarelo, por reclamação. 

O tie-break foi mais um exercício de paciência e superação para os mineiros. O Cruzeiro abriu vantagem de 8 a 4, mas errou muitos saques, falhou também na recepção e permitiu a reação do Sesi. Foi a vez de Uriarte, Leal e Evandro chamarem a responsabilidade e levarem os visitantes ao emocionante triunfo fora de casa. O cubano fez o ponto final, em levantamento de Serginho: 15 a 12, 3 sets a 2. E o hexacampeonato ficou mais perto da galeria estrelada.