A tenista tcheca Renata Voracova anunciou na terça-feira (11) que pedirá uma indenização da Federação Australiana de Tênis, após ser detida em Melbourne no mesmo centro para migrantes que o sérvio Novak Djokovic, até deixar o país.
Não vacinados contra a COVID-19, Voracova e Djokovic foram, em um primeiro momento, beneficiados por uma derrogação às regras sanitárias em vigor na Austrália para combater a propagação do coronavírus.
Na sequência, as autoridades rejeitaram a entrada de Voracova, assim como a do número um do mundo, alegando que o motivo de sua revogação não preenchia as condições necessárias.
A especialista em duplas foi levada para o mesmo centro de retenção de imigrantes que Djoko, em Melbourne, até ser, enfim, liberada e voltar para a República Checa depois do cancelamento de seu visto.
Já o tenista sérvio foi solto e começou a treinar, enquanto aguarda a decisão final do governo sobre sua situação.
Em um comunicado divulgado em sua conta no Instagram, Djokovic admitiu "erros" em seus documentos de viagem e em seu comportamento, depois de testar positivo para a COVID-19, enquanto luta para permanecer na Austrália para disputar um novo título de Grand Slam.
'Ainda em choque', Voracova garantiu que seu pedido de indenização "não será pequeno".
"Apenas a passagem de avião custou 60.000 CZK (US$ 2.787), e meu treinador viajou comigo", disse a 82ª do ranking.
"E depois tem todo esse tempo, os hotéis pagos, os treinos para o Aberto da Austrália e a potencial recompensa financeira", explicou o tenista.
"Espero que a Federação Australiana de Tênis aceite e que não precisemos iniciar um procedimento legal", acrescentou a jogadora, de 38 anos.