Embora enfraquecido, ele preferiu não sentir a decepção de abandonar o jogo e suportou até o fim, mas sem conseguir evitar a derrota por 3 a 0 – 6-4, 6-2, 6-3. Com isso, Ferrer ganhou a chance de encarar Andy Murray por uma vaga na decisão. O escocês teve trabalho, mas espantou a zebra ucraniana Alexandr Dolgopolov, vencendo por 3 a 1 – 7-5, 6-3, 6-7 (3/7), 6-3.
“Tive um problema logo no início do jogo, é tudo o que eu quero dizer. Parece que sempre busco uma desculpa para as derrotas e não quero ficar com essa imagem. A carreira de um tenista é feita de altos e baixos, faz parte do esporte. O jeito é aceitar, tentar o melhor no próximo torneio, é o que está ao meu alcance. David mereceu vencer”, comentou o espanhol, que não falou sobre a chance desperdiçada de chegar ao Grand Slam.
ADEUS? Entre as mulheres, se uma belga que já foi a melhor do mundo – Kim Clijsters – fez bonito e se garantiu nas semifinais, ao bater a polonesa Agnieszka Radwanska, por 2 a 0 – 7-6 (7/4), 6-3 (encara a russa Vera Zvonareva, que derrotou Petra Kvitova por 6-2 e 6-4), sua compatriota Justine Henin jogou a toalha e confirmou a aposentadoria depois de uma tentativa de volta às competições que lhe valeu dois títulos e o vice-campeonato do Aberto da Austrália de 2010. Uma lesão crônica no cotovelo tirou a mobilidade da jogadora de 28 anos.
“Os exames médicos são claros, meu cotovelo está muito desgastado e frágil para seguir exercendo minha paixão e meu ofício no mais alto nível. Depois de refletir muito, decidi que é o momento de encarar a realidade e terminar a minha carreira, ainda que seja duro, porque voltei com muita vontade. Encerro um capítulo incrível da minha vida”, declarou Henin, dona de um currículo que inclui sete títulos de Grand Slams e ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas’2004.