O técnico Carlo Ancelotti declarou, nesta segunda-feira (1), em entrevista coletiva, que "nunca falou com ninguém” da CBF e negou um suposto "prazo" para aceitar a proposta de treinar a seleção brasileira, além de reafirmar seu desejo de permanecer no Real Madrid. Porém, a situação era bem diferente em meados de fevereiro, de acordo com a coluna Mercado da Bola, do UOL.
Segundo apuração do colunista Bruno Andrade, na época, o técnico italiano teve o aval do Real Madrid para ouvir o convite da CBF para comandar a amarelinha. A autorização do clube estava relacionada aos resultados ruins que o time apresentava naquele momento.
No entanto, mesmo com a liberação, Ancelotti decidiu se manter focado no trabalho dos Merengues e priorizou a preparação para o confronto contra o Liverpool, que foi eliminado pelos espanhóis nas oitavas de final da Champions League.
Naquele momento, havia muitas dúvidas na cúpula interna do Real Madrid sobre a permanência do treinador. A diretoria, inclusive, já estudava a possibilidade de conversar com o argentino Mauricio Pochettino. Desde então, o italiano passou a deixar claro nas entrevistas que seu futuro passava pelo Real.
Agora, três meses depois e já com a vaga na semifinal da Liga dos Campeões garantida, a relação entre as partes parece ter melhorado, especialmente com a possibilidade de mais um título. Ao que tudo indica, qualquer decisão sobre a saída deve ser feita só no final da temporada.
A CBF, por sua vez, continua priorizando Ancelotti como escolhido para ser o próximo técnico da seleção brasileira. A definição do presidente Ednaldo Rodrigues deve acontecer até 25 de maio.