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Richarlison se revolta com ato racista e ganha apoio de América e Atlético

Atacante do Tottenham foi alvo de insultos por parte da torcida tunisiana após gol em amistoso contra o Brasil. Mineiros condenaram atitude

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Alvo da torcida tunisiana, Richarlison critica insultos e ganha apoio de mineiros
foto: Lucas Figueiredo/CBF

Alvo da torcida tunisiana, Richarlison critica insultos e ganha apoio de mineiros


Nesta terça-feira, o Brasil goleou a Tunísia por 5 a 1 em último amistoso preparatório para a Copa do Mundo. Na comemoração do segundo gol brasileiro, marcado por Richarlison, a torcida tunisiana arremessou uma banana no gramado em direção ao atacante, que comemorava com os companheiros próximos à bandeirinha de escanteio. Por meio das redes sociais, o jogador do Tottenham criticou a falta de punições em casos de racismo no futebol.

"Enquanto ficarem de 'blá blá blá' e não punirem, vai continuar assim, acontecendo todos os dias e por todos os cantos. Sem tempo, irmão! #racismonão", escreveu Richarlison em sua conta oficial no Twitter.



Ao mesmo tempo, Richarlison recebeu apoio de clubes mineiros. O América, onde ele iniciou a carreira profissional, e o Atlético se posicionaram contra a atitude da torcida tunisiana de arremessar uma banana no gramado. Coelho e Galo se manifestaram também por meio das redes sociais. 


Após o incidente, a CBF também repudiou a ação racista em suas redes sociais. "Lamentavelmente, após a ação, uma banana foi atirada no gramado em direção a Richarlison, autor do segundo gol brasileiro. A CBF reforça o sua posição de combate ao racismo e repudia qualquer manifestação preconceituosa", escreveu a entidade no Twitter.


O clima hostil no Parque dos Príncipes, em Paris, começou antes mesmo do início da partida. Os torcedores no estádio do PSG vaiaram em coro a execução do hino do Brasil. A atitude gerou negativas com a cabeça do capitão Marquinhos - também atleta do clube francês - e do técnico Tite.

"Tu me observou durante o hino? Então vou falar o momento. Quando me vê fazendo assim (fazendo um negativo com a cabeça)... É uma falta de respeito", disse o comandante na coletiva pós-jogo.



Além disso, durante a partida, um laser verde foi direcionado nos rostos dos jogadores da Seleção. Enquanto se preparava para cobrar o pênalti do terceiro gol brasileiro, Neymar foi fortemente vaiado e também sofreu com o laser. Esse clima culminou em uma postura mais forte e agressiva dos jogadores da Tunísia. Aliás, foi após dura entrada no camisa 10 do Brasil, que o zagueiro Dylan Bronn recebeu cartão vermelho direto, aos 42 da etapa inicial.

Agora, a Seleção Brasileira só volta a campo para a estreia na Copa do Mundo. A equipe de Tite joga contra a Sérvia, no dia 24 de novembro, às 16h (de Brasília). Depois, enfrenta a Suíça, às 13h do dia 28, e, por fim, encara Camarões, no dia 2 de dezembro, a partir das 16h, para finalizar a fase de grupos.


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