Foram 199 dias de espera. Desde os 2 a 0 sobre o Uruguai, em novembro. O retorno da seleção brasileira aos gramados pode iniciar o ciclo de Neymar como armador e de Gabriel como camisa 9. O astro da seleção já vinha se destacando como "garçom" no Paris Saint-Germain e pode ser deslocado para a função, vindo com força de trás para servir Richarlyson e Gabriel. Lucas Paquetá seria o segundo armador.
A ideia de Tite é que o quarteto ofensivo se movimente bastante para não esbarrar na forte marcação dos equatorianos e, ao mesmo tempo, ceder contragolpes a um rival que fez 6 a 1 na Colômbia e 4 a 2 no Uruguai. A única derrota veio na estreia com apertado 1 a 0 para a Argentina.
O treinador usou até TV nos treinos na Granja Comary justamente para "ensinar" seus atacantes o que era preciso para furar o poderio defensivo. O embate no um contra um foi bastante ensaiado. Tite quer uma seleção ousada no ataque, sem medo de apostar na jogada individual.
Em alta no Flamengo e anotando muitos gols ao tirar do marcador e finalizar com velocidade, Gabriel é visto como o cara certo para tal postura escolhida. E chega num momento propício, pois está em alta no clube com seus 15 gols na temporada e a seleção vem se destacando ao anotar três gols por jogo na média.
Jogar contra defensores equatorianos não é novidade para Gabriel. Ele enfrentou a LDU pela Libertadores recentemente e fez dois gols em Quito. Já sabe, portanto, o caminho para brilhar em Porto Alegre e mostrar a Tite que pode se firmar na posição de centroavante. Ainda mais com Gabriel Jesus na reserva do Manchester City.
Bem no confronto contra as grandes seleções, o Equador espera surpreender o Brasil como fez contra uruguaios e colombianos para seguir entre os melhores das Eliminatórias.
O técnico Gustavo Alfaro promete forte marcação e velocidade com Valencia e Estrada para somar pontos no Beira-Rio. O Equador está com nove na classificação.