"Quando estava no Palmeiras e fui convocado para a Olimpíada eu não defendia a principal e fui liberado pelo clube. Claro que quero estar sempre à disposição. Se for por mim, jogo as duas coisas (Olimpíada e Copa América). Mas agora é outro momento. No City, o clube não é obrigado a liberar. Mas se me perguntarem vou fazer de tudo para jogar as Olimpíadas", disse o jogador, em entrevista coletiva em Abu Dabi, onde a equipe comandada pelo técnico Tite se prepara para encarar a Argentina em amistoso nesta sexta-feira, às 14 horas (de Brasília), em Riad, na Arábia Saudita.
Titular da seleção, Gabriel Jesus ressaltou também que a concorrência no ataque da Seleção Brasileira sempre vai deixar dúvidas na hora da convocação de Tite. Para os últimos amistosos de 2019 - o jogo seguinte, na próxima terça-feira, será diante da Coreia do Sul -, o treinador convocou para o ataque Roberto Firmino (Liverpool), Richarlison (Everton), Rodrygo (Real Madrid), Willian (Chelsea) e Wesley (Aston Villa), este último chamado de última hora como substituto do lesionado David Neres, do Ajax.
O treinador do Brasil não convocou jogadores que atuam no Brasil em função da reta final do Campeonato Brasileiro. E o comandante também não conta com Neymar, do Paris Saint-Germain, que ainda se recupera de uma lesão grau 2 na coxa esquerda, sofrida justamente em um amistoso da seleção, contra a Nigéria.
"Um ano após a Copa surgiram muitos jogadores, como Rodrygo, Wesley, Vinicius, Arthur, um monte que se destacaram e são convocados. Tem mais dois anos para surgir mais nomes, sempre vai existir a dúvida em quem vai ser convocado. Muitos com possibilidades de aparecer, mas são só 23, fica difícil para o treinador, mas quem ganha é a gente", afirmou Gabriel Jesus.
No confronto com a Seleção Argentina, o atacante do Manchester City citou os companheiros de time, Sergio Agüero e Otamendi, que também foram seus adversários na última edição da Copa América. O trio da equipe inglesa estava em campo no duelo da semifinal da competição, que terminou em 2 a 0 para o Brasil, e se reencontra na partida desta sexta na Arábia Saudita. Com Tite, o ex-palmeirense já jogou quatro vezes diante da Argentina: venceu três partidas e perdeu uma.
"Sempre bom jogar clássico dessa grandeza. Brasil e Argentina é o maior clássico do futebol. Sempre jogo muito difícil, com craques da bola do outro lado também. Tomara que seja um bom espetáculo e tomara que a gente saia vitorioso. Falei com Otamendi, fiquei zoando ele. Disse que se ele trombasse eu ia devolver (risos). Quando estamos juntos no clube nadamos para o mesmo sentido. Agora defendo meu país, eles o país dele.
Sem esquecer as origens palmeirenses, Jesus afirma que o time ainda tem chances de ser campeão brasileiro, apesar da distância de 10 pontos para o líder Flamengo. Ele reconhece o futebol "muito bonito" da equipe carioca, mas diz que ainda tem esperança da virada alviverde. Sobre a decisão da Libertadores, contra o River Plate, no próximo dia 23, em Lima, no Peru, ele disse apostar no time rubro-negro. "Sou brasileiro, quero que o Flamengo ganhe. Óbvio que quero que o Flamengo ganhe. Tenho amigos lá. Além de ser brasileiro, tenho amigos lá", afirmou.
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