Na chegada do comboio policial à delegacia, dezenas de pessoas se aglomeravam e algumas gritaram o nome do jogador. Não houve vaias. Ao entrar no local do depoimento, já dentro da delegacia, Neymar deu um leve aceno de cabeça para os jornalistas.
O atacante entrou pelo prédio da 11ª Delegacia de Polícia, prédio vizinho à delegacia da mulher e que se coloca no mesmo imóvel. Investigadores revelam que ele deverá fazer um breve pronunciamento na saída da delegacia.
Neymar é o último a depor no inquérito que investiga a suposta agressão sexual contra a modelo, que teria acontecido em Paris, no dia 15 de maio. Ele será ouvido pela delegada Juliana Bussacos, duas escrivãs e mais duas promotoras de Justiça de Enfrentamento à Violência que estão acompanhando o caso.
A Polícia Civil montou um amplo esquema de segurança. Só profissionais credenciados podiam acessar a área de estacionamento da delegacia, que foi reservada para a imprensa brasileira e internacional que está acompanhado o caso. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) interditou um quarteirão da rua Padre José de Anchieta, uma das vias mais movimentadas de Santo Amaro.
Uma estrutura com cavaletes isolou a única entrada da delegacia. Cinquenta policiais estão atuando apenas na parte interna da delegacia. O Grupo de Operações Especiais da polícia está na delegacia para garantir a segurança e restringir o acesso ao local. Todas as janelas do prédio onde está sendo dado o depoimento foram lacradas com papel pardo e preto.
Esse será o segundo depoimento de Neymar sobre o caso. O primeiro aconteceu no Rio de Janeiro, em 6 de junho, quando o atleta falou na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática por causa do vazamento de imagens íntimas da modelo.