"A primeira coisa marcante que fica são as oportunidades para atletas que vêm surgindo no futebol europeu ou nacional. Isso trouxe um benefício muito grande para compor e manter uma estrutura básica da equipe. Me desculpei com o Dedé, Fabinho e Rafinha, porque colocar esse pessoal frio no segundo tempo é complicado. Ao invés de dar oportunidade, você vai fazer eles errarem, aí queima o cara. Colocar o jogador frio no sistema defensivo é difícil", disse Tite.
Aproveitando os amistosos internacionais para fazer testes visando a Copa América do ano que vem, que será realizada no Brasil, Tite lamentou o fato de Neymar ter saído do jogo logo aos sete minutos ao sentir um desconforto na virilha direita, já que sem ele uma real avaliação de Roberto Firmino como centroavante titular da Amarelinha acabou comprometida.
Passado o último compromisso de 2018, Tite refletiu sobre seu primeiro ano completo à frente da Seleção Brasileira, ano em que teve uma das maiores frustrações de sua carreira: a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo para a Bélgica.
"É uma responsabilidade muito grande estar aqui e tenho a dimensão exata de quanto um título mundial poderia dar alegria para as pessoas, principalmente para a molecada. A expectativa era de, no mínimo, chegar a uma semifinal, porque a equipe mostrou isso, disputou as Eliminatórias ganhando e encantando. O segundo tempo contra a Bélgica foi impressionante. Mas, alguns reconhecimentos foram importantes na minha classe de técnicos, gente que me ligou, de andar na rua e ver o carinho do torcedor… isso me fortaleceu", garantiu antes de revelar como termina o ano no cargo de técnico da Seleção Brasileira.
"Em paz comigo mesmo no sentido de poder ter feito meu trabalho da melhor maneira possível. Hoje (terça-feira) é o meu 32º jogo na Seleção, parece um tempo longo, mas um número de jogos curto. Isso em clube são seis meses. Esse é o grande desafio da Seleção", finalizou.
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