“Eu sou tímido, não gosto muito de falar. Dificilmente você vai me ver na frente de câmeras. Meu negócio é mais jogar mesmo. Prefiro mil vezes jogar do que dar entrevista”, avisou, quase que obrigado a se manter na cadeira até o fim do evento.
Essa dificuldade em dar entrevista não é de hoje. No São Paulo, em sua meteórica ascensão, Militão também não concedia entrevistas. Qualquer jornalista que fizesse a solicitação à assessoria de imprensa tricolor acabava recebendo sempre a mesma resposta: “Militão não fala”.
Então, por que Militão aceitou ir à coletiva de imprensa dessa vez? A reposta talvez seja simples. A Seleção Brasileira vai encarar El Salvador, em amistoso marcado para às 21h30 (de Brasília) dessa terça-feira. E o ex-jogador do São Paulo, justamente por ter sido escolhido para dar entrevista, deve ser um dos que ganhará oportunidade com Tite.
“Tem que estar sempre preparado. A gente estava ansioso pela convocação. Eu, que não tinha ido, continuei trabalhando, até que a oportunidade veio. Agora é estar preparado para jogar”, disse, lembrando que acabou chamado apenas por causa do corte de Fagner. Na sexta, contra os Estados Unidos, Militão já curtiu seu primeiro abanco de reservas com a Seleção.
“O clima estava bom, estava gostoso ali do lado de fora, primeira sensação, fico muito contente de ter essa oportunidade que o Tite está me dando, mas fiquei ansioso, muito, para entrar”, admitiu, antes de aproveitar uma longa resposta de Alex Sandro, ao seu lado, para outro questionamento. “Concordo totalmente com ele”, encerrou, levando todos à gargalhada.
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