Apesar de Tite ter começado o confronto com dez jogadores que estiverem com o grupo canarinho eliminado nas quartas de final da Copa do Mundo pela Bélgica, aqueles que ainda procuram cravar seu lugar na Seleção foram os destaques do triunfo brasileiro.
O jogo
Em um primeiro tempo morno, com muito toque de bola e pouca ação ofensiva, os pentacampeões souberam ser efetivos. Logo na primeira jogada mais incisiva, o Brasil abriu o placar.
Douglas Costa, reserva de Willian na Copa do Mundo, passou pela marcação com muita velocidade, pela ponta direita, e cruzou no pé de Roberto Firmino, outro que pressionou Gabriel Jesus durante todo o Mundial, mas acabou preterido da titularidade. O atacante do Liverpool voltou a mostrar seu faro de gol e marcou pela oitava vez com a camisa verde e amarela.
Os comandados de Tite chegaram a deter 81% de posse de bola durante a disputa, e só viram os donos da casa crescerem após levarem o gol. Apesar de um susto ou outro, sempre por causa das jogadas aéreas, o Brasil em nenhum momento perdeu o controle do jogo.
E tudo ficou mais fácil depois que Fabinho, único titular de Tite contra os Estados Unidos que sequer figurou na convocação para ir à Rússia, resolveu apostar na jogada individual. Dentro da área, o lateral acabou derrubado por Trapp. Pênalti que Neymar, agora capitão fixo, não desperdiçou.
Na etapa final, a partida manteve o mesmo panorama, com muita troca de passes e o Brasil perigoso sempre que tentava uma jogada mais aguda. Douglas Costa, destaque do jogo, de novo conseguiu abrir o espaço na defesa norte-americana, mas dessa vez Neymar não pegou bem na bola e o zagueiro Miazga evitou o gol quase em cima da linha.
A partir dos 20 minutos, Tite começou a fazer seus experimentos. Primeiro, Willian e Arthur substituíram Douglas Costa e Fred. Pouco depois, Lucas Paquetá e Richarlison entraram nas vagas de Coutinho e Firmino. E, já mais perto do fim, Dedé e Everton foram a campo para as saídas de Thiago Silva e Neymar. O zagueiro do Cruzeiro entrou aos 35min no lugar de Thiago Silva e teve pouca participação, já que os EUA pouco ameaçaram e a partida já estava praticamente decidida.
Apesar da gana dos mais jovens e principalmente daqueles que estavam recebendo a primeira oportunidade com a camisa da Seleção Brasileira, a equipe canarinho acabou sentindo a falta de entrosamento. Mesmo assim, em nenhum momento a vitória esteve ameaçada. Diante do apito final, os aplausos dos torcedores brasileiros, que comparecerem em bom número, serviram como ânimo para a retomada de um sonho, que novamente teve dado seu pontapé inicial nessa sexta.
A Seleção Brasileira agora viaja até Washington. Na terça-feira, às 21h30 (horário de Brasília), o time de Tite encara El Salvador, em um novo amistoso, esse sim, provavelmente com a participação dos novatos por mais tempo.
ESTADOS UNIDOS 0 X 2 BRASIL
ESTADOS UNIDOS
Steffen; DeAndre Yedlin, Matt Miazga, Brooks e Antonee Robinson; Adams, McKennie (Delgado), Trapp (Roldan) e Arriola (Acosta); Julian Green (Weah) e Bobby Wood (Zardes)
Técnico: Dave Sarachan
BRASIL
Alisson; Fabinho, Marquinhos, Thiago Silva (Dedé) e Filipe Luís; Casemiro, Fred (Arthur) e Philippe Coutinho (Paquetá); Douglas Costa (Willian), Roberto Firmino (Richarlison) e Neymar (Everton)
Técnico: Tite
Local: Estádio MetLife, em Nova Jersey (Estados Unidos)
Data: 7 de setembro de 2018, sexta-feira
Árbitro: Fernando Guerrero (MEX)
GOLS: Roberto Firmino, aos 10, e Neymar (pênalti), aos 43min do 1ºT