"Acabou o rodízio. Neymar passa a ser nosso capitão número 1", avisou Tite, antes do confronto em New Jersey, também assegurando que o atacante do Paris Saint-Germain está em condições de exercer a função. "O tempo passa, as pessoas crescem e amadurecem", acrescentou.
A constante troca de capitães era uma característica do técnico, que gostava de dividir responsabilidades entre os jogadores da seleção. Após a revelação da decisão do técnico, Neymar falou em entrevista coletiva sobre o novo momento e lembrou da eliminação da Copa da Rússia. O atacante só havia sido capitão com o treinador em duelo com o Paraguai, em março de 2017, na Arena Corinthians, pelas Eliminatórias Sul-Americanas.
"Eu fui alvo de muitas críticas e não me senti bem para falar naquele momento", afirmou o atleta sobre seu silêncio após a derrota para a Bélgica, nas quartas de final da Copa. "Resolvi aceitar porque aprendi muita coisa, vou aprender bem mais e essa responsabilidade vai fazer bem pra mim. Amadureci e sei que posso exercer essa função."
Tite saiu mais uma vez em defesa do camisa 10 durante a sua entrevista coletiva. "É uma liderança técnica, um jogador que amadureceu ao longo tempos e tem sabido absorver crítica", disse o treinador. "Quando a crítica é embasada ela te faz crescer. Temos de fomentar a evolução dele."
Muito questionado sobre o fiasco na Copa da Rússia, Neymar respondeu às críticas sobre sua atuação e simulações com bom humor. "Eu não tenho muito o que falar sobre o cai-cai. Sou um jogador mais rápido, mais leve e às vezes sofro falta, eles não vão me deixar passar sem dar uma porradinha. Acabei sofrendo muitas faltas na Copa, não era o que eu queria mas aconteceu", disse o atacante. "Vou reconquistar os torcedores jogando futebol. Aproveitando peço desculpa aos torcedores que ficaram chateados com a gente. Perder é muito ruim e a gente fez de tudo para alcançar a melhor posição mas não foi dessa vez."