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CAMPEONATO BRASILEIRO

CBF diz que comemorações coreográficas devem ser inibidas no Campeonato Brasileiro

Presidente da Comissão de Arbitragem disse que comemorações que causem perda de tempo ou reações na torcida não devem ser estimuladas

postado em 24/07/2018 10:23 / atualizado em 24/07/2018 10:32

Sociedade Esportiva Palmeiras
A orientação dos árbitros do Campeonato Brasileiro sobre como agirem nas comemorações de gol, aparentemente ficou mais rígida. Na última semana, três atletas foram advertidos com cartão amarelo após balançarem as redes.

O meia palmeirense Lucas Lima foi punido no clássico da última quinta-feira, com o Santos, por supostamente provocar a torcida rival no Pacaembu ao mostrar a parte de trás da camisa com seu nome. Domingo, novamente em um jogo do Palmeiras, o meia Moisés levou o amarelo após fazer o primeiro gol da partida no Allianz Parque, assim como o atacante Luan, do Atlético. A diferença em relação ao caso de Lucas Lima é que o motivo das advertências não foi provocação, mas perda de tempo excessivo na comemoração de um gol, conforme indicou na súmula o árbitro Péricles Bassols Cortez.

A rigidez dos homens do apito começa a incomodar. No Twitter, a hashtag #deixacomemorar começa a ganhar força. O próprio Moisés a utilizou nesta segunda-feira para falar do seu gol.

"Há um exagero. Em vários outros jogos, as comemorações demoraram mais e o árbitro não mostrou cartão amarelo. Sábado, no Morumbi, a comemoração foi mais demorada e sem cartão", diz o ex-árbitro Salvio Spinola, hoje comentarista dos canais ESPN, referindo-se ao gol do são-paulino Reinaldo em que ele e alguns colegas simularam gestos como se estivessem empinando uma pipa.

O cartão mostrado ao palmeirense Moisés se deu também após uma encenação: o meia pegou o equipamento do fotógrafo do clube, que estava à beira do campo, levou-o até a linha de fundo e "cravou" o tripé no chão como se fosse um cajado. "É uma comemoração que eu tenho com a torcida por causa do apelido (Profeta). Estão tentando inibir a gente até de comemorar um gol, um momento tão marcante no futebol. É uma vergonha", reclamou o jogador.

Kin Saito/CBF
O presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, Marcos Marinho, negou que tenha mudado algo em relação à orientação para que a arbitragem seja mais rígida nesse tipo de situação. "A conduta deve ser avaliada pelo árbitro, levando em consideração que comemorações ‘coreográficas’ não devem ser estimuladas e não podem causar perda de tempo excessiva. Se entender que a perda de tempo ou uma coreografia feita possam provocar reações entre os atletas ou torcedores, tal conduta deve ser inibida", afirmou.

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