Marin tenta se livrar da acusação de participar de um “grupo conspiratório”, o equivalente a formação de quadrilha no Código Penal brasileiro, o que poderia agravar a sua pena. Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, ele teria atuado ao lado de outros 26 dirigentes para enriquecer ilegalmente através de torneios de futebol em vários países. A lista de acusados de formar o “grupo conspiratório” inclui também o atual mandatário da CBF Marco Polo Del Nero e o ex-presidente Ricardo Teixeira.
Marin rebate a acusação e seus advogados alegam que as confederações agiam de forma independente, sem conexão entre si. O dirigente alega que a única competição organizada em conjunto por mais de uma confederação foi a Copa América Centenário, realizada no ano passado por Conmebol (América do Sul) e Concacaf (Américas Central, do Norte e Caribe) nos EUA.
O ex-presidente da CBF está em prisão domiciliar em Nova York em seu apartamento localizado na 5.ª Avenida, no arranha-céu Trump Tower, próximo ao Central Park. Ele pode sair de casa até sete vezes por semana, mas o Departamento de Justiça faz o monitoramento eletrônico dos movimentos de Marin através de uma tornozeleira.
Ele tem de permanecer dentro de um raio de até duas milhas (o equivalente a três quilômetros) do prédio onde mora e precisa sair acompanhado de um segurança. Nas saídas do Trump Tower também foram instaladas câmeras de vigilância.