Tite explicou que, ao tomar frente da Seleção Brasileira, soube que o duelo contra os argentinos viria a acontecer no Mineirão. Somou-se a esse fato a passagem apagada do profissional pelo Atlético, em 2005. Naquele ano, o Galo foi rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro com 47 pontos, ficando em 20º lugar (22 clubes). Nenhuma dessas situações, porém, assustou o comandante, que se mostrou animado em jogar em Belo Horizonte e ainda afirmou estar “em dívida” com o alvinegro.
“Assim que a gente assumiu (a Seleção), foi colocado para mim e para o Edu (Gaspar, coordenador da CBF) que teria um jogo que está se encaminhando para o Mineirão. Isso foi programado lá na frente, sem saber os resultados que teríamos (100% de aproveitamento em quatro jogos). O Edu disse que isso era do jogo, era da vida, Nós não podemos rotular os locais. Não posso pensar nisso: “vou deixar de ir para um local onde tenho carinho e não fui bem, como no Atlético. Um dia gostaria de voltar para pagar essa dívida. Isso faz parte da vida, vamos embora”.
Se o Mineirão traz péssimas recordações ao brasileiro pela Copa do Mundo, contra a Argentina o retrospecto é diferente. Em quatro jogos desde 1968, são três vitórias brasileiras e um empate. O duelo mais emblemático aconteceu em 2 de junho de 2004, quando o atacante Ronaldo marcou os três gols do Brasil (todos em cobranças de pênalti) na vitória por 3 a 1 – Sorín descontou para a Argentina. Na ocasião, o “velho Mineirão” estreou as cadeiras vermelhas instaladas especialmente para o clássico das Eliminatórias do Mundial de 2006.