Nos jogos da Seleção, há uma recomendação da comissão técnica para que Elias auxilie mais na proteção à zaga - Foto: AFP PHOTO / Nelson ALMEIDA Um dos grandes dilemas envolvendo o posicionamento da Seleção Brasileira diz respeito à forma como Elias atua no meio-campo. Liberado pelo técnico Tite para subir ao ataque quando bem entender no Corinthians, o volante não possui a mesma condição quando veste a camisa amarela. Preso ao sistema defensivo, o jogador garante que a estratégia traçada por Dunga não afeta seu rendimento no time nacional.

“O jogador precisa ser inteligente às vezes. Precisa saber o momento certo para chegar ao ataque. Eu tenho essa noção para me infiltrar. O importante é ajudar a Seleção a vencer, independentemente de ir para o ataque ou não”, afirmou o volante.

É perceptível durante as partidas da Seleção que há uma recomendação da comissão técnica para que Elias auxilie mais na proteção à defesa do que no suporte ao ataque. Publicamente, Dunga negou que qualquer ordem dessa natureza foi passada ao atleta. O treinador disse que partiu do próprio volante a intenção de ter uma postura mais comedida no time nacional.

“Ele tem a mesma liberdade do Corinthians, não muda nada. O Elias estava na reserva quando eu o convoquei pela primeira vez. E aí sim começou a caminhada dele. Quando o jogador tem características, o técnico não consegue mudá-las. Se o Elias possui essa característica, não posso mudar. Características não se mudam, nós precisamos aproveitá-las”, desconversou.

Autor de sete gols pelo Corinthians na temporada, Elias foi responsável por oito assistências e 17 finalizações ao gol nos 38 jogos em que entrou em campo pelo Timão. Segundo estatísticas do site Footstats, os números do volante caem drasticamente se comparados aos 16 jogos em que ele atuou pela Seleção Brasileira nesse ano. O jogador tem só uma assistência e não chutou nenhuma vez em direção ao gol pelo time canarinho.