Marco Polo Del Nero assume a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em abril, mas ainda não parece tão interessado aos assuntos pertinentes à entidade. O futuro mandatário do futebol nacional pouco participou do evento realizado na última terça-feira. Ele mal comentou o Fundo de Legado da Copa do Mundo de 2014, que reserva 100 milhões de dólares (cerca de R$ 260 mi) para investimentos.
“Está tudo implícito. Existe a intenção da Fifa de fomentar o desenvolvimento do futebol. E temos esse objetivo de tirar o jovem da rua, dar suporte para que seja alguém respeitável no futuro. Não tem muito o que discutir, está implícito”, resumiu o carrancudo Del Nero.
Em termos gerais, a Fifa repassa R$ 260 milhões dos lucros da Copa do Mundo à CBF, que tem dever de investir essa quantia na estruturação do futebol nacional. Por meio de construções de centros esportivos, a ideia é fortalecer os estados que não sediaram jogos do Mundial no último ano. Parte do montante ainda será direcionada ao futebol feminino e às categorias de base.
O projeto está começando a ser implantado. A primeira obra é o Centro Esportivo da Juventude (CEJU), em Belém, no Pará. Rondônia e Tocantins estão na fila para os empreendimentos seguintes. Mas ainda que os objetivos tenham sido apresentados com pompa por Marín, Del Nero não fez força para se pronunciar.
“Queremos fazer com que o benefício da Copa do Mundo chegue a locais onde a estrutura ainda não se compara aos grandes centros”, discursou Marín enquanto seu sucessor mal acompanhava. A transição da presidência está marcada para abril, quanto Del Nero assume o cargo máximo do futebol brasileiro tentando cumprir as promessas do atual mandatário.