Além das críticas aos mandatários da Fifa, Romário também questionou a idoneidade dos representantes públicos do País e da CBF, insinuando que está havendo corrupção na preparação do Brasil para sediar o torneio. "A Fifa têm dois ladrões conhecidos pelos brasileiros, porque lá são muito mais de dois, tanto na CBF quanto na Fifa, que é o Blatter e o Jérôme Valcke. Os caras vão ficar bilionários com a Copa do Mundo e está tudo certo. E esse é o nosso governo, a nossa presidenta, os nossos secretários, que também estão se enriquecendo", acusa.
Reconhecido como um dos principais críticos aos altos gastos destinados à Copa, o ex-atacante da seleção também fez questão de comentar sobre as obras atrasadas da Arena da Baixada, em Curitiba. "A gente já gastou um absurdo para a Copa do Mundo, e daqui para frente vai ficar mais absurdo ainda. Muitas dessas obras, como por exemplo o Estádio do Atlético-PR, estão em fase emergencial. As licitações não devem ser mais daquelas formas burocráticas, para que o dinheiro entre. E uma coisa que custaria 20 vai custar 60", denunciou Romário, lembrando que o estádio só foi confirmado para o Mundial no dia 18 de fevereiro.
SELEÇÃO - Mesmo decepcionado, Romário pediu para que o povo brasileiro não deixe de apoiar a seleção durante a Copa do Mundo. "A gente têm de torcer para o Brasil ganhar a Copa dentro de campo, até porque para o futebol brasileiro é uma coisa perfeita. A Copa do Mundo fora de campo a gente já perdeu, não tem mais como reverter isso", concluiu o ex-jogador, que foi tetracampeão mundial vestindo a camisa 11 do Brasil em 1994, nos Estados Unidos.