O presidente da Fifa, Joseph Blatter, teceu críticas aos atrasos do Brasil nas obras de preparação para a Copa do Mundo de 2014 e destacou que nunca havia acontecido algo parecido desde que ele começou a trabalhar para a entidade em 1975 - o suíço passou a ocupar a presidência em 1998.
"O Brasil acabou de ficar ciente do que ela (a Copa do Mundo) é. Eles começaram tarde demais. É o país mais atrasado desde que estou na Fifa, e ainda é o único que teve tanto tempo - sete anos - para se preparar", criticou Blatter em entrevista ao jornal suíço 24 Heures, publicada neste fim de semana.
Blatter também admitiu que os protestos que aconteceram durante a disputa da Copa das Confederações em 2013 no Brasil, vão se repetir neste ano, quando será realizada a Copa do Mundo. O presidente suíço garantiu, porém, que não teme pelos efeitos das manifestações, pois "o futebol estará protegido" em razão da paixão dos brasileiros pelo esporte.
"Eu sou um otimista, não um covarde. Então, eu não tenho medo. Mas sabemos que haverá novas manifestações, protestos. Os mais recentes, na Copa das Confederações, no mesmo país, nasceram das redes sociais. Não havia nenhum objetivo, reivindicações reais, mas, durante a Copa do Mundo, haverá mais concretas, mais estruturadas. Mas o futebol estará protegido, eu acho que os brasileiros não atacarão diretamente o futebol. No país deles, é uma religião", disse.