None

ESPECIAL PARALIMPÍADA

Oito pódios com mineiros

Terezinha Guilhermina e Rodrigo Parreira, ambos com uma prata e um bronze, foram os destaques de Minas nos Jogos do Rio. Quatro medalhas foram para Uberlândia

postado em 24/09/2016 12:08

afp

Das 72 medalhas ganhas pelo Brasil nos Jogos Paralímpicos Rio’2016, oito foram com atletas mineiros – três de prata e cinco de bronze –, 11% do total e sendo três em provas de revezamento e uma em esporte coletivo. Alguns não nasceram no estado, mas adotaram Minas como sua terra.  O estado tinha 19 paratletas no evento e seis deles subiram ao pódio.

Do atletismo veio o maior número de conquistas, com cinco. Duas delas foram com Terezinha Guilhermina, de 37 anos, que disputou sua quarta edição paralímpica. Nascida em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte, ela é uma das maiores medalhistas do país, com oito no total. Foram três de ouro, duas de prata e uma de bronze, participando de Atenas’2004, Pequim’2008, Londres’2012 e Rio’2016. Na paralimpíada carioca, foi prata no revezamento 4x100m e bronze nos 400m. Ela sofre de retinose pigmentar, tendo perdido a visão aos 20 anos, quando passou a competir.

Das provas de pista vieram duas medalhas com Rodrigo Parreira: bronze nos 100m, classe T36 (deficiente visual) e prata no salto em distância. Nascido em Rio Verde (GO), adotou Uberlândia como cidade do coração.

Outra veio do arremesso de disco, com a belo-horizontina Izabela Campos, que conquistou a medalha de bronze. Ela também sofre de problemas visuais.

Os outros dois medalhistas vieram do Triângulo Mineiro. Um dos ganhadores, o nadador Ruan Felipe Lima de Souza, como ele mesmo diz, “apenas nasceu” em Taubaté (SP). Foi em Uberlândia que cresceu e se formou atleta, defendendo atualmente as cores do Praia Clube. Ele conquistou o  bronze no 4x100m medley. Ruiter Antônio Gonçalves Silva, companheiro de Ruan nos treinos, ganhou a prata no 4x100m livres.

Nos esportes coletivos, Janaína Petit, de Varginha, ganhou medalha de bronze com a equipe de vôlei sentado.

POR REGIÃO

Num ranking de conquistas por regiões, o Sudeste foi o que teve o melhor desempenho na Paralimpíada Rio’2016, sendo que São Paulo lidera o ranking do quadro de medalhistas, com 10 ouros e um total de 34 medalhas. Muito da vantagem paulista vem do nadador Daniel Dias, com nove. O Brasil ainda teve um atleta naturalizado que também é vencedor: Maurício Dumbo, angolano, que está no país há 15 anos. Integrou a Seleção Brasileira de Futebol de 5, que faturou o ouro.