Os fãs que aguardam com ansiedade pela estreia de Jon Jones nos pesos-pesados do UFC terão que esperar mais um pouco. Em uma série de postagens no Twitter, o ex-campeão dos meio-pesados anunciou que precisou adiar para 2022 a mudança para a divisão até 120kg. O motivo, segundo ele, é a dificuldade para ganhar massa muscular.
"Eu sempre fui o magrelo da família. Me transformar em um peso-pesado de verdade é muito mais difícil do que eu imaginava. Quero fazer a coisa certa para a primeira vez", escreveu Bones, que está em processo de transição para lutar nos 120kg. Em seguidos vídeos e fotos nas redes sociais, ele apresentou visível transformação no corpo, mas alegou que ainda não está pronto para iniciar bem a trajetória nos pesados.
"Na minha opinião, as únicas pessoas que se beneficiarão se eu me precipitar e mergulhar na categoria são os outros pesos-pesados. Pela forma como venho treinando, tenho certeza que serei um problema para eles no ano que vem. Estou tranquilo em esperar, e é exatamente isso que vou fazer", assegurou Jones, que abdicou do cinturão dos meio-pesados e focou na preparação intensa visando a mudança de divisão.
Jon Jones, de 33 anos, foi questionado por um fã se ficaria mais tempo parado. Sem lutar desde fevereiro de 2020, quando derrotou Dominick Reyes por pontos e defendeu pela terceira e última vez o cinturão dos meio-pesados, Bones admitiu que realmente optou por prolongar o tempo de inatividade nos eventos do UFC.
"Tenho a sensação de que todos vocês ainda estarão por aqui em 2022. O esporte estará maior do que nunca no ano que vem. Sempre procuro ver o lado bom das coisas", respondeu o ex-campeão, que já desafiou publicamente o campeão dos pesos-pesados, o camaronês Francis Ngannou, com quem trocou provocações pela internet nos últimos meses.
IMPASSE
Outro entrave para o acerto entre as partes é o lado financeiro. Jon Jones pede cerca de US$ 20 milhões (R$ 106 milhões na cotação atual) para enfrentar o camaronês pelo cinturão. O presidente do UFC, Dana White, com quem Bones vem batendo de frente há algum tempo, disse que a oferta ao lutador, de US$ 8 milhões - R$ 42,5 milhões -, foi considerada pelo ex-campeão como 'ridícula'.