Em sua primeira defesa de cinturão da categoria peso-mosca (57 kg), o brasileiro Deiveson Figueiredo brilhou no octógono em Las Vegas, nos Estados Unidos, na noite de sábado, e derrotou o americano Alex Perez por finalização, com uma guilhotina a 1min57s do primeiro round, na luta principal do UFC 255. O paraense de 32 anos venceu pela 20.ª vez na carreira - amarga apenas uma derrota, para o compatriota Jussier Formiga.
Deiveson espera a definição do UFC para conhecer o seu próximo adversário: o desafiante mexicano Brandon Moreno ou o americano Cody Garbrandt, que havia sido escalado para enfrentar o brasileiro, mas foi cortado do card por conta de uma lesão. Após a vitória, o paraense pediu para enfrentar Moreno, que também venceu no UFC 255, em uma luta em dezembro.
"Eu treinei muito. Preparei essa surpresa, sabia que ele não iria querer trocar. Falei que finalizaria no primeiro round. Me chame 'Mestre dos Magos'. Eu sabia que ele usaria esse jogo comigo, usou contra o Formiga e acabou nocauteando. Sou inteligente, vim para quebrar o jogo dele. Ele nunca me viu chutando. Quero enfrentar o Brandon Moreno. Brandon, você quer lutar comigo em dezembro?", desafiou Deiveson logo após a vitória.
"Estou à disposição. Dana (White, presidente do UFC), vamos fazer essa luta acontecer. Eu sou muito bom de guilhotina, faço isso a vida toda. Ele fez algo que não deveria ter feito: me colocar para baixo. O cara que me colocar para baixo no octógono vai cometer o maior erro da vida porque vai ser finalizado", completou o brasileiro.
Quem também lutou na noite de sábado foi Mauricio Shogun, ex-campeão da categoria meio-pesado, que foi nocauteado pelo escocês Paul Craig aos 3min36s do segundo round. Após o combate, Dana White deixou clara a sua vontade de ver o brasileiro pendurar as luvas. "Sim, acho que chegou a hora dele parar, não gostaria de ver ele lutar de novo. Não me pareceu o Shogun. Ele pareceu velho. Sim, quero que ele pare, acho que ele tem mais duas lutas no contrato", declarou.
Aos 38 anos, Shogun perdeu a sua 12.ª luta na carreira, em um cartel que conta com 27 vitórias e um empate. O brasileiro havia declarado no início desta semana que não se imagina lutando por muito tempo e que poderia se aposentar em 2020.