Fabricio Werdum se despediu bem do Ultimate Fighting Championship. O Vai Cavalo encerrou o contrato com a organização após a vitória diante de Alexander Gustafsson, logo no primeiro round do duelo no card principal do UFC Fight Island 3, em Yas, Abu Dhabi, no sábado passado. Ex-campeão dos pesos pesados, o gaúcho levou bônus de US$50 mil (R$ 257 mil) pela ‘performance da noite’ e já pensa nos próximos passos na carreira, agora como ‘agente livre’.
Com o fim do contrato com o UFC, Werdum pode permanecer no mercado como ‘agente livre’, o que o permite assinar contrato para lutar em diferentes organizações. O Vai Cavalo, de 43 anos, tem como objetivo realizar um desejo antigo: reencontrar o russo Fedor Emelianenko, uma das lendas do MMA. Os dois se enfrentaram pelo extinto Strikeforce, em 2010, e o gaúcho venceu por finalização.
“Essa é uma ideia que eu tenho na cabeça há muito tempo, pelo respeito que eu tenho pelo Fedor. No meu ponto de vista, ele continua sendo o melhor de todos os tempos, ainda sou fã dele”, declarou o ex-campeão do UFC, dono do cinturão dos pesados entre 2014 – quando ganhou o título interino – e 2016 (enquanto esteve com o linear até perdê-lo para Stipe Miocic).
Emelianenko é da mesma geração de Werdum, tem a mesma idade do gaúcho e é considerado um dos maiores lutadores da história das artes marciais. O russo marcou época no Pride, conquistou o título dos pesos pesados e protagonizo combates memoráveis na divisão mais valorizada dos esportes de combate. Fedor teve a última luta em novembro do ano passado, quando bateu Quinton Rampage Jackson por nocaute técnico, pelo Bellator 237, em Saitama, no Japão.
O confronto entre Werdum e Fedor ocorreu em junho de 2010, em San José, na Califórnia. Na ocasião, os dois foram protagonistas do Strikeforce, evento que foi extinto e incorporado ao UFC em 2012. O Vai Cavalo venceu por finalização com triângulo, logo a 1min09 do primeiro round, em uma de suas principais vitórias no MMA. “É claro que financeiramente vai ser muito bom porque eu acredito que muita gente vai querer ver uma luta contra o Fedor dez anos depois”, comentou o gaúcho, que tem cartel de 24 triunfos, nove derrotas e um empate nos 36 combates como profissional.