Adesanya reverencia Spider e aguarda confirmação de luta por cinturão no UFC

Aos 29 anos, Israel Adesanya admitiu que viveu o grande momento em sua incipiente carreir no MMA. A vitória por pontos sobre Anderson Silva, o grande ídolo do nigeriano, na luta principal do UFC 234, em Melbourne, Austrália, elevou o cartel para 15 triunfos seguidos - ainda está invcito - e uma futura disputa de cinturão peso médio, contra o vencedor do duelo entre Robert Whittaker, o campeão, e Kelvin Gastelum, o desafiante.

Adesanya, que durante a semana que antecedeu o evento se emocionou ao encarar o grande ídolo que o inspirou nas artes marciais mistas, voltou a demonstrar todo entusiasmo com a chance de enfrentar o Spider. "Foi uma loucura. Ainda estou nas nuvens. Como Anderson disse a semana toda: Uau! Aconteceu o fim do primeiro documentário, quando eu enfrento o cara que me trouxe para o esporte", declarou o Stylebender. 

Favorito com ampla vantagem nas bolsas de apostas, Adesanya elogiou o brasileiro pela forma como se comportou na luta, especialmente com a idade avançada (43 anos) e o tempo afastado do octógono - Anderson não lutava desde fevereiro de 2017, quando bateu Derik Brunson por decisão unânime, em Nova York. O nigeriano e o ex-campeão acabaram premiados com o bônus de 'Luta da Noite' no evento na Austrália - receberam US$ 50 mil cada, além do salário. 

"Ele é bom, ainda consegue lutar bem e em alto nível. Não tenham dúvidas. Não peguei leve com ele, não sou idiota. Queria nocauteá-lo, mas não deu. Anderson, como striker, está entre os melhores que já enfrentei. Ele poderia ter muito sucesso no kickboxing. Ele é uma lenda nesse esporte. Não se pode tirar seus méritos", destacou o nigeriano.

Adesanya anunciou que voltará à Nigéria para um período de descanso e depois retomará as atenções para a carreira. O próximo passo é aguardar o confronto entre Robert Whittaker e Kelvin Gastelum, para saber quem desafiará pelo cinturão. O duelo seria no mesmo evento em Melbourne, mas foi cancelado por causa de um problema repentino com o campeão, operado às pressas por causa de hérnia abdominal. 

"No longo prazo, eu não me importo de encarar Kelvin ou Robert. Enfrento qualquer um dos dois. Só sei que vou disputar o cinturão. Eu acho que tenho o direito de fazer o que eu quero agora. Em março ou abril eu quero ir à Nigéria - não vou agora porque está em época de eleições e eu conheço meu povo. Acho que posso tirar um tempo para descansar, porque eu já fiz bastante pela organização. Lutei pela quinta vez em um período exatamente de um ano, e agora quero fazer algo por mim", enfatizou.