Em comunicado oficial emitido nesta segunda-feira, o Ultimate Fighting Championship negou que o valor arrecadado por Anderson Silva relativo às vendas de pacotes pay per view para a luta contra Nick Diaz tenha sido retido. De acordo com nota publicada pelo colunista Lauro Jardim, da revista Veja, no fim de semana passado, o Spider teve a quantia de US$ 6 milhões (cerca de R$ 16 milhões) bloqueada até o resultado sobre o caso de doping por uso das substâncias drostanolona e androsterona.
“O UFC afirma que não procedem as informações financeiras referentes ao lutador Anderson Silva”, diz o comunicado da organização entregue ao portal MMA Junkie.
Em lista de salários divulgada pela Comissão Atlética de Nevada (NSAC) consta que Anderson Silva recebeu no UFC 183, entre bolsa e bônus pela vitória sobre Nick Diaz, US$ 800 mil (R$ 2,1 milhões). Segundo a publicação da Veja, Spider teria embolsado, ao todo, cerca de US$ 6 milhões devido ao percentual em vendas de pay per view, estabelecido em contrato.
No entanto, pelas regras da Comissão Atlética de Nevada, o dinheiro referente aos salários dos lutadores deve ser entregue pelo UFC à entidade. A própria NSAC repassa os cheques aos atletas. Ou seja, o Ultimate não teria o direito de bloquear os valores, somente a Comissão, em casos de punições ou medidas disciplinares. De acordo com a reportagem do MMA Junkie, os pagamentos sobre vendagem de PPV não são relacionados à atuação dos lutadores, portanto não podem ser retidos.
Anderson Silva foi flagrado com substâncias drostanolona e androsterona, esteroides anabolizantes, em exame realizado em 9 de janeiro, fora do período de luta. Entretanto, como são substâncias proibidas, já que ajudam a melhorar a performance, o Spider está sujeito a penalidades da Comissão Atlética de Nevada. O triunfo do brasileiro no duelo deve ser alterado para no contest (sem resultado).