O teste antidoping divulgado após o UFC 183 apontou que Nick Diaz lutou contra Anderson Silva com o dobro da quantidade de metabólitos de maconha admissível. De acordo com a Comissão Atlética de Nevada (NSAC), órgão que regulamentou o evento em Las Vegas, o lutador ainda apresentou os resultados dos exames de doping com atraso - apenas a três dias antes do duelo com Spider - e quase ficou sem a licença necessária para subir ao octógono.
“Recebemos o teste por volta do dia 28 de janeiro. Notificamos o UFC que ele não seria capaz de lutar, a menos que nós tivéssemos um teste que mostrasse que ele estava limpo. Nós obtemos o teste no último segundo. Preferíamos não fazer isso (impedir Diaz de lutar), pois criaria problemas. Fizemos contato com os promotores e dissemos que precisaríamos do resultado do exame, ou ele não lutaria”, comentou o diretor-geral da Comissão de Nevada, Bob Bennett, em entrevista ao MMA Fighting.
Nick Diaz passou ileso pelos exames antidoping feitos antes do UFC 183, diferentemente de Anderson Silva, que foi flagrado com os anabolizantes drostanolona e androsterona em teste surpresa, realizado em 9 de janeiro. O exame posterior ao combate é que constatou que o polêmico lutador fez uso de maconha. A amostra de urina de Diaz apontou 300ng/ml (nanograma por mililitro) de metabólitos de maconha, o dobro do limite considerado aceitável pela Comissão de Nevada.
“É óbvio que, uma vez ele nos forneceu um resultado negativo, ele começou a fumar de novo”, disparou Bob Bennett.
Esta é a terceira vez que Nick Diaz é flagrado em exame antidoping pela Comissão Atlética de Nevada por uso de maconha. O primeiro caso aconteceu em 2007, após a luta contra Takanori Gomi, no Pride 33. Cinco anos mais tarde, o ‘bad boy’ foi pego novamente depois da derrota contra Carlos Condit, na disputa do cinturão interino dos meio-médios, no UFC 147, e levou suspensão de nove meses da entidade.