A primeira medida de Anderson Silva para se defender do caso de doping não surtiu efeito. Flagrado com os anabolizantes drostanolona e androsterona em exame antidoping realizado antes da luta contra Nick Diaz, o Spider pediu que a contraprova fosse feita em um laboratório diferente. No entanto, Bob Bennett, diretor-executivo da Comissão Atlética de Nevada - órgão que regulamentou o UFC 183, em Las Vegas - descartou a possibilidade e afirmou que a alteração do local para a análise da ‘amostra B’ da urina do lutador infringiria as regras da WADA (Agência Mundial Antidoping).
"Eles queriam que a amostra B fosse analisada em um segundo laboratório. Mas nós não podemos atender ao pedido dele, porque não está de acordo com as regulamentações da WADA. Nós o informamos que, se eles quiserem a contraprova, são bem-vindos em Salt Lake City para observar todo o procedimento e ter certeza de que nada foi adulterado”, comentou Bennett, em entrevista à ESPN norte-americana.
Anderson Silva foi flagrado em exame antidoping surpresa realizado em 9 de janeiro, a 22 dias do combate contra Nick Diaz, que também caiu no doping, mas por uso de maconha. O teste foi feito no laboratório Sports Medicine Research & Testing Laboratory (SMRTL), que constatou as substâncias drostanolona e androsterona no organismo do ex-campeão. O brasileiro ainda foi submetido a exames no dia 19 - cujos resultados estão pendentes – e em 31 de janeiro, data do duelo, quando apresentou resultado negativo.
A data na qual Anderson Silva foi flagrado com as substâncias proibidas é considerada pela Comissão de Nevada como 'fora do período de competição'. Mas o brasileiro corre o risco de sofrer uma punição e de ser afastado do octógono por, no mínimo, nove meses. O ex-campeão dos médios do UFC tenta provar inocência no caso e buscou advogados para defendê-lo nos Estados Unidos.