O caso de doping de Anderson Silva, flagrado com metabólitos de drostanolona e androsterona antes da luta contra Nick Diaz, no UFC 183, no último fim de semana, explodiu como uma bomba no mundo do MMA. O diretor-médico da Comissão Atlética Brasileira de MMA (CABMMA), Márcio Tannure, disse que conversou com o Spider e que o atleta está perplexo, mas que não medirá esforços para provar a inocência.
Márcio Tannure, que também é médico do UFC no Brasil, confia na absolvição de Anderson Silva, embora um dos três exames a que ele foi submetido tenha dado resultado positivo para os anabolizantes. Em entrevista ao SporTV News, Tannure disse que o Spider ainda não vai se pronunciar sobre o caso, já que aguardará a contraprova dos testes. “Ele está bem chateado, desapontado, porque afirma não ter usado em momento algum. Eu particularmente acredito nele, pois tem uma carreira exemplar e nunca passou por uma coisa dessa”, ressaltou.
Márcio Tannure aposta que Anderson Silva conseguirá provar sua inocência no escândalo de doping. “Ele está muito desapontado e sem entender o que aconteceu. Antes de se pronunciar, ele quer esperar o término desse processo, que ainda está em andamento. Ou até provar que ele é inocente, que eu acredito que é o que vai acontecer”, frisou o médico do UFC e da CABMMA.
Mesmo com a gravidade do caso, já que Anderson Silva é um atleta de ponta no MMA, Márcio Tannure ainda crê em possibilidade de absolvição do astro brasileiro. Spider foi submetido a três exames, de sangue, nos dias 9 e 19 de janeiro, e urina, em 31 do mesmo mês, data da luta contra Nick Diaz. O primeiro teste, no entanto, apresentou resultado positivo, ao contrário dos últimos.
”Essas substâncias podem ficar até oito semanas no organismo, mas eu acho que ainda é cedo para falar qualquer coisa. O processo ainda está em andamento e pode ter acontecido alguma contaminação, algum erro. É algo incomum, mas pode ter acontecido. Ele ainda pode pedir a contraprova, que poderá mostrar isso. Antes de falar qualquer coisa, é preciso esperar o término desse processo”, comentou Tannure.