Dana White anuncia liberação de Cris 'Cyborg' do UFC, mas critica brasileira

Durante a entrevista antes do UFC on Fuel 7, nesta quarta-feira, em Londres, o presidente do UFC Dana White anunciou a rescisão contratual com a brasileira Cris ‘Cyborg’ dos Santos. Ela tinha acertado a transferência para a organização, mas, como não há garantia da criação da categoria peso pena, ‘Cyborg’ teria que baixar de peso e lutar entre os galos, o que motivou a atleta a pedir a liberação.

Dana White anunciou que a brasileira está livre para continuar a carreira, já que a organização não vai, pelo menos neste momento, investir em outra categoria no MMA feminino. Mas o dirigente não poupou críticas a ‘Cyborg’. “Este é o maior show do mundo. E quando você envia uma carta de seu advogado e do médico dizendo que vai morrer se for para 135 (libras), é a coisa mais idiota do mundo. Eu nunca vi nada como isso no negócio da luta”, frisou.

O dirigente ainda citou o caso de doping da brasileira, que perdeu o cinturão do Strikeforce e foi suspensa por um ano – punição que já expirou -, ao ser flagrada com o esteroide estanozolol, em dezembro de 2011. Para Dana White, se quisesse mesmo enfrentar a campeã dos galos do UFC, Ronda Rousey, ‘Cyborg’ teria que cortar peso e descer de categoria.

“Ok, você não quer fazer 135 (libras), mas você quer falar sobre uma luta contra Ronda. Primeiro de tudo, você testou positivo para esteroides e foi despojado do título. E você fala que Ronda não quer lutar contra você, mas ela é a campeã em 135 (libras). Se Ronda faz a luta a 140 (libras), não é mesmo para um título. A luta não faz sentido”, continuou o mandatário.

Dana White reforçou que o UFC no momento não pensa em criar outra categoria de MMA feminino, apostando mesmo no peso galo, que já conta com seis atletas contratadas. “Não há divisão para mulher até 145 libras (65,7kg). Ela está sob contrato com a gente, então ficamos com ela algumas lutas e vamos jogar fora essa coisa de 135 libras, para ver o que acontece. Não”, reiterou.

“Cyborg é bastante irrelevante agora. Ela que vá lá fora e ganhe algumas lutas novamente, que tenha o nome de volta, faça-o ficar limpo e fique fora de alguns esteroides para recomeçar a carreira no caminho certo. Aí depois a gente conversa. Mas ela pensar que todos devem se movimentar e mudar por conta dela, é uma loucura”, acrescentou o dirigente.