No ano passado, o UFC anunciou o advento do MMA feminino na organização. Mas o que deveria ser motivo de alegria para a brasileira Cris Cyborg se transformou em frustração. A ex-campeã dos penas do extinto Strikeforce está insatisfeita com as decisões tomadas pela liga e quer uma rescisão de contrato.
O principal motivo de indignação de Cris Cyborg é a ausência de uma categoria feminina dos penas (até 66kg) no UFC. Atualmente, a organização só conta com a divisão dos galos (até 61kg), que tem a musa Ronda Rousey como campeã.
Cris Cyborg não deseja mudar de categoria e alega que colocará sua saúde em risco se tiver que reduzir sua massa corporal.
Em entrevista ao programa “Inside MMA”, o agente de Cris Cyborg, o ex-lutador do UFC, Tito Ortiz, revelou já ter pedido a liberação da atleta. A organização fez uma contraproposta, porém, não confirmou a criação de uma categoria dos penas. Além disso, os valores propostos não foram do interesse de Cyborg.
“Neste momento estamos esperando o UFC liberá-la. Falei com o Dana, eles fizeram uma oferta. Falei com a Cyborg, e ela não aceitou. Então, pedimos a liberação novamente. Se não houver uma divisão até 66kg, é isso o que podemos fazer. Ela vai ser liberada, vamos procurar outro lugar, e vocês verão a Cyborg destruindo o rosto de outras mulheres”, afirmou Tito Ortiz.
O agente da atleta tupiniquim ainda justificou o receio de Cris Cyborg em emagrecer. “Para ela, descer para 61kg é fisicamente impossível, por ser mulher. Para os homens, é diferente, porque temos muita água para tirar. Para a Cris Cyborg baixar a esse peso, vai ficar com 3% ou 4% de gordura corporal. E eu conversei com ela. Ela quer iniciar uma família mais para frente, quer ter filhos. Essa é a questão, é a família”, finalizou.
O primeiro combate feminino da história do UFC acontecerá no dia 23 de fevereiro, quando Ronda Rousey enfrentará Liz Carmouche valendo o cinturão dos galos. O evento será realizado na Arena Honda Center, em Anaheim, Califórnia.
Cris Cyborg não luta desde dezembro de 2011. Ela cumpriu suspensão de um ano depois de ter sido flagrada em um exame antidoping realizado pelo Strikeforce. Além da punição, a brasileira perdeu o cinturão dos penas daquele evento.
MMA FEMININO
Insatisfeita com o UFC, Cris Cyborg pede liberação do evento, afirma Tito Ortiz
Cris Cyborg só vai lutar no Ultimate se o evento criar a categoria até 66kg
postado em 09/02/2013 14:44 / atualizado em 09/02/2013 15:20