Recém-coroada tricampeã da Meia Maratona Internacional de Belo Horizonte, uma das mais importantes provas do calendário e atletismo no Brasil, a itabirana Larissa Quintão coleciona mais que uma galeria extensa de grandes resultados no atletismo, mas uma história de dedicação e amor ao esporte que vem desde criança.
Mas antes de entrar na história de Larissa no esporte, é importante citar que no domingo (26/6), a corredora conquistou pela terceira vez a Meia Maratona Internacional de Belo Horizonte, completando o percurso de 21 quilômetros em 1h17m30s – tempo melhor que o da Meia Maratona do Rio, uma semana antes, da qual ela foi segunda colocada, terminando a prova em 1h19m55s.
Em entrevista ao Superesportes, Larissa Quintão contou que sua relação com atletismo começou cedo, quando tinha somente cinco anos.
“Comecei com cinco anos. Meus pais me inscreveram numa corrida na minha cidade mesmo, Itabira, e aí completei a corrida que era de 6 km. Depois disso, não parei mais, mas era uma brincadeira. Não tinham muitas corridas, principalmente para crianças, então eu levava como brincadeira. A partir de 2010 comecei a levar mais a sério e a realmente a seguir treinamento.”
A corredora falou sobre a emoção de vencer uma prova como a Meia Maratona Internacional da BH. Segundo ela, por ser mineira, correr na Pampulha tem um sabor especial.
“Correr na Pampulha para mim é sempre especial, gosto muito, ainda mais sendo mineira. E essa corrida, a Meia Maratona Internacional de Belo Horizonte, é mais especial porque tem um desafio extra, que é o percurso dentro do zoológico. Além de ser desafiador, é muito bonito. E em especial essa prova, é a terceira vez que ganho, então tem um gostinho especial.”
Rotina de treinos
Larissa contou como é a preparação dela para as provas que vem disputando e conquistando excelentes resultados.
“Treino todos os dias no período da manhã, vou na academia uma vez na semana e sempre que preciso tenho apoio de fisioterapia aqui em Itabira mesmo, na minha cidade”, afirma.
Mesmo com toda dedicação, a corredora divide seu tempo entre o esporte e o trabalho de professora, situação que ela credita à dificuldade de arrumar patrocínio.
“Sou professora, então trabalho meio período. Treino no período da manhã e me dedico à escola no período da tarde. Mas escola nunca é só na escola, então tenho que conciliar as viagens, e às vezes é difícil. Às vezes, não tenho tempo necessário de descanso, mas por falta de patrocínio preciso do trabalho na escola para conseguir me manter nas viagens, as inscrições, os gastos que tenho com a corrida.”
O atletismo na vida da campeã
Larissa conta que, hoje, seu foco está no aprimoramento pessoal e em disputar competições que se encaixem melhor com sua rotina. “Não tenho um objetivo específico. Treino diariamente para melhorar minhas marcas, meus tempos, subir ao pódio. Começa o ano e já olho algumas provas, e sempre tem muitas, então a gente pode escolher quais. Às vezes a que dá e é mais perto, para conciliar também com o trabalho.Tudo tem que ser bem observado.”
A atleta diz que enxerga a corrida como um trabalho, um hobby e uma paixão. Algo que faz parte de sua vida tão intrinsecamente que não consegue se imaginar sem ela.
“Não me vejo sem a corrida, ela faz parte da minha vida. Treino, me dedico, porque além de tudo eu gosto. Além de ser uma profissão é um prazer, um amor, melhora de vida, de qualidade de vida. Hoje em dia a gente fala tanto disso, do bem-estar, da saúde, então uni o útil ao agradável”, destaca.
Já muito experiente nas corridas, Larissa afirmou que mesmo com tantas conquistas, existem as mais especiais, mas que isso não quer dizer que todas não tenham sua importância, à sua maneira.
“Já corri por muitos lugares, são muitos anos no atletismo, então já conquistei vários pódios, em cidades mineiras, São Paulo, Rio, Porto Alegre, foram muitas cidades. Mas tem algumas conquistas que realmente são mais especiais. Na última edição da Pampulha, no ano passado, eu fui a vice-campeã da prova e fui a melhor brasileira da prova, então foi muito especial para mim estar em Belo Horizonte, na Pampulha, recebendo esse título. Na semana passada eu estive no Rio, corri a meia maratona do Rio de Janeiro e lá também eu fui vice-campeã. Então, assim, são vários pódios, cada um com sua história, cada um especial ao seu modo.”