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Mineiro é impedido de disputar Sul-Americano por causa de mão amputada

Flávio Henrique Faria tem vários títulos e foi impedido de lutar em Guayaquil, pelo árbitro Carlos Perasco, porque tem o punho da mão amputado

23/04/2022 15:31 / atualizado em 23/04/2022 15:39
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Flavinho posa no hotel no Equador, de onde pretendia trazer medalhas para o Brasil
foto: Acervo pessoal

Flavinho posa no hotel no Equador, de onde pretendia trazer medalhas para o Brasil

O karateka passense Flavio Henrique Faria, o Flavinho, dificilmente esquecerá o que viveu na noite desta sexta-feira (22/04), em Guayaquil, no Equador. Ele foi impedido de jogar porque tem mão direita amputada e foi proibido de lutar contra Ordonêz Yael, atleta daquele país, pelo Campeonato Sul-amereciano. O árbitro uruguaio Carlos Pierasco desclassificou o brasileiro quando observou que ele tem o punho do braço direito amputado em um acidente doméstico em 2013, antes de iniciar a carreira de karateca.
 
Dentro do ginásio onde ocorriam as competições a delegação brasileira invadiu o local gritando por vários minutos o nome de Flavio como forma de protesto. Em seguida, todos assentaram próximo ao lado do tatame e só deixaram o local quando a organização do torneio resolveu suspender a competição para decidir, ao logo da noite, se Flavinho poderia participar do Sul-Americano neste sábado (23/04).
 
A reportagem conversou com o técnico de Flavinho, Reinaldo Alves do Nascimento, que está em Passos.
 
“O Flavinho tem nível de Seleção Brasileira e a mão amputada nunca o impediu de lutar bem, tanto que foi campeão, já disputou um sul-americano na Bolívia, sem sem nenhum problema. Nunca tinha visto isso na minha vida como atleta. É a segunda vez que o nosso atleta defende a camisa da Seleção, antes foi em Santa Cruz de La Sierra, mas ficou em 7º lugar no pódio”, disse.
 
“Nós consultamos o Manual Internacional de Karatê, mas não diz nada. A Confederação Brasileira me ligou hoje de manhã e disse que Flavinho está sob os cuidados deles, com psicólogo, nutricionista e médico, e que estudava entrar com as medidas judiciais cabíveis. Estamos aguardando”, disse Reinaldo, faixa preta e 6º DAN.
 
*Por Luciene Garcia 

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