Ele teve uma parada cardíaca e foi levado para uma UPA de Taubaté, mas já chegou em óbito. Os familiares ainda não decidiram detalhes do velório, mas já manifestaram o desejo de enterrá-lo na cidade de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, onde nasceu no dia 6 de abril de 1964. Recentemente, ele havia sofrido um leve AVC.
Por causa de sua história, ele ganhou uma biografia escrita pelo professor Anselmo José Perez, chamada "O Maratonista de Aço: A História de um Atleta Brasileiro", publicado em livro em 2019.
"O Luiz Antônio era um grande amigo, para mim uma referência no atletismo e no mundo das corridas de rua. Recomendo a todos, inclusive, a leitura da biografia. Uma pessoa fantástica que superou várias dificuldades na vida e se tornou um dos grandes maratonistas do mundo e um grande treinador e gestor à frente da equipe LUASA. Meus profundos sentimentos. minhas homenagens e meu respeito para todos os seus familiares, atletas e amigos", afirmou o presidente do Conselho de Administração da CBAt Wlamir Motta.
Frequentador assíduo das competições
Luiz era um frequentador assíduo das competições oficiais da CBAt quando não estava no Quênia, como dirigente da LUASA, um projeto de sucesso no Vale do Paraíba. Quando menino, sonhava em ser jogador de futebol.
Já adulto, em 1985, conheceu um atleta da equipe da cidade vizinha a sua, Barra Mansa, e pediu para representar o time numa competição no Rio. Não tinha dinheiro, mas caminhou 6 km até a rodoviária de Volta Redonda e pegou carona com a equipe de Barra Mansa para correr a Volta do Maracanã, de 10 km. Foi 16º, o melhor resultado do time.
Três anos depois, em 1988, passou treinar com Henrique Viana. Luiz teve impulso em sua carreira atlética a partir de 1993, quando correu pela primeira vez os 42,195 km na Maratona de Blumenau, em Santa Catarina, em 2:12:15.
Entrou para a elite ao conquistar o bicampeonato da Maratona de Chicago, em 1993 e 1994. Em 1995, venceu a Maratona de São Paulo e bateu o recorde sul-americano de 2:09:55 pertencente a Osmiro Silva, desde 1991. Ganhou também a Maratona de Fukuoka, no Japão, com 2:09:30.
Após encerrar a carreira, em 2005, Luiz Antônio estudou para se tornar treinador. Além de trabalhar com atletas em todas as categorias, a equipe mantém um intercâmbio com fundistas africanos, especialmente do Quênia, que veem ao Brasil para treinar e disputar corridas de rua.