O estado definiu lance mínimo de R$ 15 milhões. “O dinheiro irá direto para os cofres do estado", diz Fernando Marcato, secretário estadual de Infraestrutura e Mobilidade. Ele estima que estado e prefeitura de BH podem arrecadar, no período, até R$ 74 milhões em impostos gerados pela administração privada do complexo do Mineirinho.
De acordo com Marcato, seis empresas consultadas previamente demonstraram interesse em concorrer à concessão do Mineirinho. Entre elas, a WTorre, que administra o Allianz Parque, estádio do Palmeiras; a Allegra Pacaembu, vencedora da concessão do Pacaembu, também em São Paulo, e a responsável pelo Staples Center, em Los Angeles.
Secretário Fernando Marcato durante entrevista coletiva, nesta terça-feira, no Mineirinho - Foto: Paulo Galvão/EM/D. A Press
De acordo com Marcato, seis empresas consultadas previamente demonstraram interesse em concorrer à concessão do Mineirinho. Entre elas, a WTorre, que administra o Allianz Parque, estádio do Palmeiras; a Allegra Pacaembu, vencedora da concessão do Pacaembu, também em São Paulo, e a responsável pelo Staples Center, em Los Angeles.
O estado alega não ter como arcar com a manutenção do espaço. Além disso, o governador Romeu Zema (NOVO) não vê sentido em ter sob sua tutela um equipamento que também abriga as sedes de 15 federações esportivas e uma feira de comidas, bebidas e artesanato.
Mineirinho se encontra praticamente abandonado - Foto: Paulo Galvão/EM/D. A Press
Segundo o secretário Fernando Marcato, os cofres públicos gastam R$ 2 milhões por ano para manter o ginásio, mas seriam necessários ao menos R$ 4,4 milhões/ano para deixá-lo em condições de abrigar disputas e shows. Além do lance inicial mínimo de R$ 15 milhões, a futura concessionária terá que arcar com R$ 41 milhões em investimentos.
Feira de Artesanato do Mineirinho tem futuro incerto - Foto: Paulo Galvão/EM/D. A Press
Eventos esportivos e culturais mantidos
Outra preocupação do governo é manter a vocação desportiva e de entretenimento do espaço. Quem ganhar a licitação do ginásio terá não só de manter a quadra, como melhorá-la, fazendo o mesmo em outras áreas de competição.
Marcato cita que, em muitos países, os grandes equipamentos esportivos têm, anexos, centros comerciais, com restaurantes, cinemas, locais de show e outras atrações. A expectativa do estado é que o novo administrador busque essas alternativas para tornar o local atrativo.
“O governo não tem como atividade fim fazer shows e eventos esportivos, negociar cachês de artistas ou finais de campeonatos. Tem de cuidar de saúde e educação, em alguns casos melhorar estradas”, argumenta o secretário.
Federações alocadas em escola extinta
As 15 federações esportivas que usavam salas do Mineirinho serão afetadas diretamente pela concessão. Apesar de o Mineirinho estar bastante abandonado, inclusive sem luz em função de pane no equipamento elétrico, que não foi consertado, muitas dessas entidades não veem saída para manter suas atividades. Muitas precisam de grande espaço para guardar equipamentos. Entre elas está a Federação Mineira de Jiu-Jitsu (FMJ-J), que tem cerca de 380 tatames guardados no local para as competições.
“Estamos sendo despejados, não tem outra palavra”, diz o presidente da entidade, Adair Alves de Almeida, que espera poder, ao menos, continuar realizando o Campeonato Mineiro no equipamento da Pampulha. “Se não for possível, vamos ter de buscar outro local, gerando gastos que nem sempre temos condições de arcar.”
Escola Estadual Amélia de Castro, no Horto, abrigará as federações - Foto: Paulo Galvão/EM/D. A Press
O governo está oferecendo como alternativa às federações o local onde funcionava a Escola Estadual Amélia de Castro, no Horto. A unidade de ensino foi desativada em 26 de fevereiro e transferida da Secretaria de Educação para a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedese). “Lá elas terão muito mais estrutura”, garante Fernando Marcato.
Reunião nesta terça entre representantes de federações e do governo de Minas - Foto: Paulo Galvão/EM/D. A Press
Nesta terça-feira, alguns dos presidentes das federações esportivas estiveram no imóvel do Horto para conversar com representantes do governo. Eles têm até o dia 26 de abril para enviar as demandas às autoridades, informando se precisam de sala, galpão ou depósito.
“Nós, da Sedese, somos parceiros das federações, temos a missão de fomentar o esporte sempre. Vamos procurar atender tudo que eles precisem, dentro de nossa disponibilidade”, diz o subsecretário de Esportes da Sedese, o ex-jogador de vôlei Pelé.
Feirantes terão que negociar manutenção da feira com futuros gestores do Mineirinho - Foto: Tulio Santos/EM/D.A Press.
Já a continuidade da feira de artesanato do Mineirinho dependerá de um acordo com os futuros gestores do espaço. "A gente autorizou o organizador da feira a funcionar no local. Esse organizador tem os contratos com os empresários. A partir de agora, essa negociação passa a ser privada-privada. O vencedor da concessão negocia se vai ficar ou não. É uma negociação que precisa ser feita", explicou o secretário de estado Fernando Marcato.
Feirinha
Já a continuidade da feira de artesanato do Mineirinho dependerá de um acordo com os futuros gestores do espaço. "A gente autorizou o organizador da feira a funcionar no local. Esse organizador tem os contratos com os empresários. A partir de agora, essa negociação passa a ser privada-privada. O vencedor da concessão negocia se vai ficar ou não. É uma negociação que precisa ser feita", explicou o secretário de estado Fernando Marcato.
Sugestões da população
O material de divulgação da concessão produzido pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) abriu um canal para a população opinar sobre a minuta do Edital do projeto.
"Potenciais interessados e a população em geral poderão enviar sugestões e contribuições às minutas de Edital, contrato e anexos relativos ao projeto”, diz o encarte.
Sugestões poderão ser enviadas para o seguinte e-mail:
concessaomineirinho@infraestrutura.mg.gov.br
concessaomineirinho@infraestrutura.mg.gov.br