Com a paralisação dos torneios por conta da pandemia do novo coronavírus, é inevitável que o esporte como um todo perca dinheiro. Sem jogos, campeonatos e eventos, a queda na arrecadação mundial deve chegar a US$ 15 bilhões, cerca de R$ 78,8 milhões, segundo projeção da Sports Value, especialista em marketing e finanças esportivas.
A pesquisa aponta que a perda representa 9% das receitas com esporte profissional no mundo e 2% da industria esportiva global. Bilheteria e receitas fixas, como sócio-torcedor no caso do futebol brasileiro, representam os primeiros cortes, que podem ser agravados com a revisão dos contratos de transmissão.
O estudo ainda pondera que a queda real deve ser ainda maior, já que o índice não computa a redução de vendas no varejo, o fechamento de clubes e academias, as apostas esportivas e outros impactos indiretos.
Principal mercado da América Latina, o Brasil também sofrerá uma perda considerável em seu principal esporte. “A gente ainda não tem dados concretos, mas terá um peso muito grande no futebol do Brasil”, explicou Amir Somoggi, sócio diretor da Sports Value.
“O mercado do Brasil é pequeno comparado com Europa e Estados Unidos, então claro que lá a queda é maior, mas proporcionalmente, (o Brasil) vai sofrer uma queda grande”, seguiu.
“As perdas garantidas até agora são com bilheteria – todo o matchday – e sócio-torcedor, que é normal que tenha queda neste momento. Também tem a queda de televisão, que vai negociar as situações. O que sobra no fim é o patrocínio”, concluiu o especialista.