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JOGOS PAN-AMERICANOS DE LIMA

Netinho Pontes busca virada no fim e fatura ouro no taekwondo em Lima

Brasil voltou ao primeiro lugar na modalidade, encerrando um jejum de 12 anos.

Estadão Conteúdo
Com Netinho Pontes, Brasil voltou ao primeiro lugar na modalidade, encerrando um jejum de 12 anos - Foto: Jonne Roriz/COB
O Brasil voltou a se destacar no taekwondo neste domingo, nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru. Edival Pontes, mais conhecido como Netinho, brilhou ao conquistar a medalha de ouro com uma grande virada na final, diante do dominicano Bernardo Pie por 17 a 14, na categoria até 68kg.

Com o resultado, o Brasil voltou ao primeiro lugar na modalidade, encerrando um jejum de 12 anos. No sábado, Talisca Reis levou a prata, enquanto Paulo Ricardo Souza ficou com o bronze. Atual 15º do ranking mundial, Netinho era o principal favorito do time brasileiro ao ouro. E o paraibano de 21 anos não deixou de comemorar o feito, após não ir tão bem no Mundial da modalidade.

"Depois do Mundial fiquei um pouco triste, mas meu resultado no Grand Prix da Itália, fiquei com a prata, me deu uma autoestima", comentou o atleta, que vem a ser namorado de Talisca, em entrevista ao canal Sportv. "Falei com a Talisca, minha namorada, e com meus pais que eu viria para os Jogos muito bem e, graças a Deus, deu tudo certo.
Estava ansioso para o dia da luta."

Ele admitiu que ficou preocupado na reta final da luta, quando perdia por 11 a 5. "No 11 a 5, pensei que seria bem difícil. Mas quando sentei, o técnico Diego me deu uma acalmada, falou que eu estava bem melhor fisicamente e deu certo."

Netinho disse que dedicou o título pan-americano à namorada, que não conseguiu o ouro no sábado. "Viemos com a intenção de obter os dois ouros. E ontem não conseguimos. disse para ela que eu iria ganhar para ela. Dedico esta medalha para ela, para o meu pai, mãe, treinador, amigos. Muito obrigado a todos vocês", declarou.

O brasileiro foi medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude em Nanquim-2014 e, no mesmo ano, foi campeão mundial juvenil, se credenciando como uma das maiores apostas na modalidade no Brasil para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

O País também subiu ao pódio no tiro esportivo. O veterano Júlio Almeida, que completará 50 anos em setembro, faturou o bronze na prova pistola de ar 10 metros, com pontuação total de 217,3. O ouro ficou com o cubano Jorge Potrillé (237,3) e a prata, com o norte-americano Nickolaus Mowrer (236,7).

Foi a sétima medalha de Almeida em Jogos pan-americanos. Na última edição, em Toronto-2015, ele conquistou o ouro na pistola livre 50m.

DECEPÇÕES - Se no sábado o Brasil surpreendeu, ao terminar o dia com oito pódios, o domingo não foi de maior empolgação em Lima. Isso por causa das decepções sofridas no vôlei de praia e no rúgbi de sete. Neste, a seleção feminina perdeu o bronze para a Colômbia por 29 a 24, resultado surpreendente.
No masculino, o terceiro lugar ficou com os Estados Unidos, em um revés do Brasil pelo placar de 24 a 19, num duelo em que os norte-americanos eram os favoritos.

No vôlei de praia, Oscar e Thiago foram derrotados pelos mexicanos Virgen e Ontiveros, atuais campeões pan-americanos, por 2 sets a 0, com parciais de 27/25 e 22/20. Com o resultado, o Brasil ficará sem medalha pela primeira vez no masculino em 20 anos..