Na zona internacional da Vila dos Atletas, eles bateram bola com os brasileiros e ganharam presentes do Comitê Olímpico do Brasil (COB). "Eles servem de inspiração para todos nós. Eles são exemplo de perseverança e luta pela vida. Isso faz a diferença para qualquer pessoa nesse mundo. Vivenciar isso pelo esporte é uma das coisas mais importantes e gratificantes para a gente", disse Sebastian Pereira, chefe de missão do Time Brasil.
O encontro foi marcado pela alegria dos brasileiros ao encontrar os meninos tailandeses. Em um primeiro momento, cada equipe ficou de um lado e o goleiro Mateus Barbosa serviu de anfitrião. Uma tradutora também ajudou o grupo dos Javalis Selvagens a entender o que o brasileiro falava. Eles foram presenteados com uma mascote de pelúcia do Time Brasil, a onça-pintada Ginga, e depois bateram bola com os brasileiros.
"Essa inspiração terá de ser traduzida para eles. A gente vai fazer um vídeo para falar sobre a Rússia e vou tocar no assunto na nossa preleção. É uma aproximação entre os povos e essa oportunidade não pode passar desapercebida. O esporte possibilita isso e os Jogos têm esse caráter com os valores olímpicos de amizade, companheirismo e integração dos povos", comentou Daniel Junior, técnico da seleção brasileira de futsal.
Não houve qualquer tipo de comunicação entre os atletas. Além da barreira da língua, os tailandeses estão sendo blindados em Buenos Aires a pedido do governo de seu país. Eles participam de algumas ações, mas não dão entrevistas. A agenda deles na capital argentina, inclusive, quase não é divulgada, para evitar o assédio.
Esses garotos viajaram para a Argentina a convite do COI (Comitê Olímpico Internacional) e tiveram problemas para chegar a Buenos Aires por causa de cancelamento de voos, mas acabaram desembarcando na sexta-feira. Mesmo cansados da viagem, puderam acompanhar a cerimônia de abertura dos Jogos da Juventude.
No domingo, eles estiveram no estádio Monumental de Nuñez e enfrentaram um time juvenil do River Plate. O placar terminou em 3 a 3, mas o que contou foi a experiência dos meninos que possuem entre 11 e 16 anos e de seu treinador. No vestiário, eles ganharam um uniforme com o nome de cada um nas costas.