“O que o Guga fez com o tênis no Brasil é o que está acontecendo com a natação hoje. Ajuda muito em relação aos patrocínios, na nossa divulgação. É o que mantém o esporte vivo. Espero que em 2016 façamos uma super campanha e que isso continue em 2020 e 2024”, afirmou o nadador, esperançoso.
Tricampeão de Roland Garros (1997, 2000 e 2001), Guga assumiu a liderança do ranking mundial no final do ano 2000 e popularizou o tênis no Brasil, o que não foi suficiente para garantir a proliferação de novos talentos. Na condição de tricampeão mundial dos 50m livre, Cielo, dono de três medalhas olímpicas, espera servir como exemplo.
“Desde Pequim-2008, a gente vem abrindo uma porta imaginária para mostrar que o brasileiro pode chegar lá e não precisa se contentar com o quinto lugar. O trabalho duro sempre é recompensado de algum jeito. Essa geração da natação está pronta para dar o próximo passo e conseguir grandes resultados no futuro”, apostou.
No Mundial de Esportes Aquáticos de Barcelona, o Brasil ganhou cinco medalhas na natação (dois ouros e três bronzes) e alcançou mais cinco pódios na maratona aquática (um ouro, duas pratas e dois bronzes), terminando no oitavo posto da classificação geral. As 10 condecorações são um recorde, mas na edição de Xangai-2011 o número total de títulos (quatro) foi maior.
“A maratona nos ajudou bastante, as meninas foram fora de série. Precisamos que elas continuem nessa pegada e temos que buscar mais medalhas na piscina. Devemos mirar sete medalhas no Mundial de 2015 para sonharmos com sete medalhas nas Olimpíadas de 2016. O olhar crítico vai nos fazer evoluir”, declarou Cielo.
Com os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro como prioridade, o nadador planeja passar de duas a três semanas afastado da piscina. Para o atleta, os períodos de descanso durante o ciclo serão fundamentais para chegar até 2016 como a motivação em alta.
“Todo atleta quer bater na borda e ver a melhor performance possível. Aquela adrenalina do momento da vitória e do dia seguinte são impagáveis. Quero continuar sentindo isso e dividindo com meus amigos de equipe. Espero que mais gente consiga fazer o mesmo para construirmos um Brasil campeão”, afirmou.
Confira as medalhas do Brasil no Mundial de Barcelona:
Natação
Cesar Cielo – ouro nos 50m borboleta
Cesar Cielo – ouro 50m livre
Felipe Lima – bronze nos 100m peito
Thiago Pereira – bronze 200m medley
Thiago Pereira – bronze 400m medley
Maratona Aquática
Poliana Okimoto – ouro nos 10km
Poliana Okimoto – ouro nos 5km
Ana Marcela Cunha – prata nos 10km
Ana Marcela Cunha – bronze nos 5km
Allan do Carmo, Poliana Okimoto, Samuel de Bona – bronze no revezamento 5km