Imagine um evento em que a performance da cantora Madonna represente apenas um ‘detalhe’ da festa. Pois, neste domingo, em Indianápolis, nos Estados Unidos, a imagem da musa da música pop será ofuscada pela disputa do título do Super Bowl XLVI. Aproximadamente 70 mil fãs de futebol americano estarão no Lucas Oil Satadium para assistirem ao confronto decisivo entre New England Patriots e New York Giants. Por alguns minutos, no tradicional show durante o intervalo, Madonna estará no palco entoando alguns de seus hits.
Segundo os organizadores, a partida será transmitida para mais de 230 países podendo atingir um público de até 1 bilhão de pessoas. Durante esta semana, a cidade de Indianápolis espera receber em torno de 100 mil turistas para desfrutar de toda estrutura montada: áreas de recreação, museus referentes ao esporte e espetáculos musicais.
Dentro de campo, a disparidade entre as campanhas indica favoritismo aos Patriots. A equipe de Massachusetts venceu 15 das 18 partidas, obtendo resultados impressionantes, como a acachapante vitória no primeiro jogo dos playoffs, contra o Denver Broncos: 45 a 10. Diferentemente, a franquia nova-iorquina, por sua vez, pode ser campeã com o pior desempenho da história da temporada regular: nove vitórias e sete derrotas. No confronto direto, no entanto, os Giants levaram a melhor: 24 a 20.
Eli Manning, que por muito tempo viveu à sombra do irmão Peyton Manning, vive a melhor temporada da carreira. Seus números são representativos: lançou para 29 touchdowns, tendo 61% dos passes completados. Passado o período de baixa, no qual acumulou seis derrotas consecutivas, o crescimento dos Giants também se deve as atuações consistente de Eli. Com lançamentos precisos, os wide receivers se destacaram. Victor Cruz alcançou a marca de 82 recepções, sendo nove delas touchdowns e Hakeem Nicks fez 76 recepções, sete touchdowns.
Considerado um dos maiores jogadores da história da NFL, Tom Brady terá um desafio mais árduo em função da ótima linha defensiva dos Giants. Mas marcar as jogadas de Brady tem sido missão inglória para as defesas adversárias. Com a bola nas mãos, o quaterback evoluiu mais de cinco mil jardas, originando 39 touchdowns. A parceria com o tight end Rob Gronkowski, que é dúvida para a final em razão de uma lesão no tornozelo, é uma das mais efetivas: 17 touchdowns. Nesta temporada, Brady acertou 65,5% dos passes e lançou para 39 touchdowns – dez a mais que Eli Manning. O quaterback que mudou a história do New England Patriots - de fracassado a glorioso - pode escrever mais uma vitoriosa página do esporte neste domingo.
Conheça as equipes:
New England Patriots
Fundado em 1959, a franquia está sediada na cidade de Foxborough, na Grande Boston, e manda seus jogos no Gillette Stadium, construído em 2002. O passado é de uma equipe modesta: chegou apenas duas vezes ao Super Bowl em participações anteriores ao ano 2000. Em 1985, sofreu um dos maiores vexames da história ao ser batido com extrema facilidade pelo Chicago Bears, por 46 a 10. E, em 1997, perdeu para o Green Bay Packers por 35 a 21.
Considerado um messias pela torcida, Tom Brady transformou os Patriots em uma das franquias mais respeitadas da NFL. Desde 2001, o quaterback, casado com a modelo brasileira Gisele Bundchen, fez do saco de pancadas um papa-títulos, vencendo três Super Bowls e chegando a cinco finais.
New York Giants
Trata-se de uma das franquias mais tradicionais do futebol americano. Participa da Liga de Futebol Nacional (NFL) desde 1925, sendo um dos fundadores. Manda seus jogos no moderno MetLife Stadium, inaugurado em 2009, localizado na região metropolitana de Nova Iorque.
Os Giants são vencedores. Ao todo, tem sete títulos da NFL, sendo quatro deles conquistados antes da criação do Super Bowl: 1927, 1934, 1938 e 1926. O passado é repleto de importantes jogadores, como Ray Flaherty, Al Blozis, Mel Hein, Charlie Conerly, Phil Simms, Ken Strong, Lawrence Taylor, Frank Gifford entre outros.