Debaixo de chuva, com frio e sob o som da tradicional charanga Garra Xavante, Brasil-RS e Vila Nova-GO jogaram apenas meio tempo nesta sexta-feira à noite, no Estádio Bento Freitas, em Pelotas. O jogo válido pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B foi interrompido no intervalo, por falta de energia elétrica, com vantagem do time goiano por 2 a 1. Ele será reiniciado neste sábado, às 15 horas, no mesmo local.
O árbitro paulista Thiago Luis Scarascati cumpriu o tempo regulamentar de 30 minutos e, depois, mais 30 minutos de espera. Sem uma informação sobre o possível retorno da iluminação, o árbitro optou pela suspensão do jogo.
O representante da partida, Marco Antônio Maciel, entrou em contato com a Federação Gaúcha e esta com a direção da CBF para confirmar o cumprimento do regulamento. Este prevê o complemento do jogo no dia seguinte e durante o dia, para evitar uma eventual falta de luz.
Apesar do cenário sombrio, o gramado apresentava boas condições e os dois times demonstraram muita disposição desde os minutos iniciais. O visitante saiu na frente aos cinco minutos. Após escanteio, o atacante Rafael Silva subiu mais do que todos e cabeceou para as redes.
Mas, o inesperado revés não tirou o ânimo da charanga, muito menos do time gaúcho que empatou aos 15 minutos. Após cruzamento do lado esquerdo, o goleiro Fabrício não encaixou a bola e deu rebote, praticamente, na cabeça de Erison, que empurrou para as redes e deixou tudo igual.
Nem mesmo o maior volume do Brasil e o som intermitente da charanga impediram o segundo gol do Vila Nova, aos 37 minutos. Num lance atípico e infeliz de Oliveira, que tentou tirar de cabeça e mandou contra suas próprias redes.
Aos 47 minutos, já nos acréscimos, o mau tempo atrapalhou, provocando uma pane no sistema de iluminação. Tudo apagou no estádio, inclusive, nos bairros próximos. O árbitro paulista Thiago Luis Scarascati ainda segurou os dois times em campo, pensando em autorizar uma cobrança de falta.
Demorou para ele entender que o melhor era encerrar o primeiro tempo e deixar os jogadores irem para o vestiário. Na arquibancada, o torcedor xavante acendia o celular e ainda gritava pelo time. Sem a volta da luz, tudo ficou para ser definido no dia seguinte.