O Vasco entrou em campo na noite de quarta-feira no Maracanã, para enfrentar o Resende com a bandeira do Flamengo no peito, uma homenagem feita pelo departamento de Marketing por conta do incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento flamenguista, na madrugada de sexta-feira, e que acabou com a morte de dez pessoas. O presidente do Conselho Deliberativo do clube, Roberto Monteiro, usou seu perfil em redes sociais para criticar a homenagem, que agora será analisada pelos conselheiros.
Monteiro postou: “Alexandre Campello, na tentativa desesperada de atrair holofotes, conspurcou o que temos de mais sagrado: nossa camisa. Demagogia barata, que atenta contra as tradições vascaínas, fere o estatuto do clube e ajuda o grande responsável pela tragédia a assumir o papel de vítima”, escreveu o dirigente.
A oposição também se irritou com a homenagem. Eurico Brandão, ex-vice-presidente de futebol e filho de Eurico Miranda, também reclamou nas redes sociais. Pessoas próximas a Júlio Brant, derrotado na eleição passada, também confirmaram que a homenagem não agradou aquele grupo político.
O departamento de Marketing do Vasco evitou polêmicas em relação ao caso, pois a decisão contou com o respaldo da diretoria. As camisas utilizadas pelo time serão leiloadas e o dinheiro será enviado a familiares das vítimas.
Dentro de campo o elenco se reapresentou nesta quinta-feira para um trabalho regenerativo e nesta sexta-feira o técnico Alberto Valentim começa a projetar o duelo da final da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca, previsto para às 17h (de Brasília) de domingo, no Maracanã. O meia Thiago Galhardo, que deixou o triunfo de 3 a 0 reclamando de dores na coxa direita, será reavaliado pelo departamento médico, mas tem poucas chances de atuar.