Pato já usava as dependências do São Paulo desde fevereiro enquanto tratava da lesão no joelho direito. Durante a coletiva de apresentação, o jogador destacou a conexão que tem com o time paulista e garantiu estar motivado para a sequência da temporada.
- Estou com a mesma motivação de quando eu comecei a jogar futebol. O que está diferente é a maturidade. Algo que nunca tive. O amor pelo São Paulo não vai mudar o jeito que vai treinar. Eu vou entregar tudo aquilo que o torcedor entregou. Eu tenho algo a mais no São Paulo. Eu precisava vestir a camisa do São Paulo. Vestir a camisa do São Paulo é diferente. De todos os clubes que eu passei, é diferente - disse o atacante.
Pato foi apresentado ao lado do presidente do clube, Julio Casares. O dirigente destacou que a contratação do jogador foi uma oportunidade abraçada pelo time, já que o atleta já usava as dependências do São Paulo para se recuperar da lesão sofrida no joelho direito.
- (Pato) é uma figura muito bem-vinda. Sempre teve portas abertas pelo que representa. Tudo começou com ele chegando para fazer a recuperação. Sentimos a determinação e o carinho pela instituição. Os jogadores ficaram muito felizes com o Pato. O São Paulo, dentro de sua responsabilidade, situação financeira, chegou a um denominador comum. Fico muito feliz pelo foco que tem demonstrado e pelo caminho que teremos. O elenco é qualificado, com caráter. A experiência do Pato vai ajudar muito, sendo mais um atleta que esse grupo abraça e que vai abraçar o grupo - comentou o dirigente.
O contrato de Pato com o time paulista vai até dezembro de 2023, com cláusulas de produtividade. Ainda não se sabe como o técnico Dorival Júnior deve utilizar Pato quando o jogador estiver disponível. No Orlando City, Pato atuou diversas vezes como um atacante mais recuado, atrás do centroavante. Durante a entrevista, o jogador brincou e disse que jogaria até de zagueiro se “Dorival precisar”.
- Eu sempre joguei de atacante, segundo atacante. Se o professor precisar de zagueiro, volante, eu vou estar à disposição. Não vejo a hora de estar com meus companheiros. Vou estar ali disponível. Deixo para o professor decidir - disse o jogador.
Confira outros trechos da entrevista:
Primeiras palavras no retorno ao São Paulo
Primeiro, eu acho que esse momento está sendo incrível na minha vida. De todas as provações que passei até agora. E chegar aqui, o presidente e todos envolvidos me darem essa possibilidade. Eu me sinto como se tivesse 18 anos. A parte física e mental será feita para o São Paulo.
Porque voltar e como está o clube
Eu cheguei para a minha recuperação, e tive alguns pensamentos do que faria aqui. Eu me lembro que tive uma discussão com Rogério um tempo atrás. Eu fiquei pensando: será que o Rogério vai deixar eu fazer a fisio? Eu fiquei em paz. Seja o que Deus quiser. E aí logo em seguida, o Rogério me escreve, o Rui me escreve, e aí eu falei com o presidente. Eu fui entregando. Não quis pressionar. Cheguei, falei com o presidente, com Rui, com todo mundo que está aqui. Eu falei: o são paulo está diferente. tem algo que eu não via há muito tempo. A gestão, o futebol, a parte da fisioterapia. O São Paulo tem voltado a ser a referência do que foi. O jogador se sente muito mais em casa. Eu chegava para a minha esposa: amor, eu só vou voltar para casa a hora que você disser que eu tenho que ir para a casa”. O jogador fica muito mais à vontade, e o resultado está vindo.
Data para a estreia
A minha conversa com Dorival foi bem rápida: ele falou “Pato faz o gol”, eu falei “beleza”. Vai ter tempo para definir uma data. Tenho que respeitar o processo. Eles vão me dando feedback do que tenho que fazer a mais ou a menos. A data não é o principal. E sim, a adaptação. Quando acontecer, espero que aconteça do jeito que tem que acontecer.
Como está o jogador?
Quando abriu as portas do São Paulo, falei que algo ia acontecer. Deus está fazendo. A cobrança, o torcedor. Até mesmo os dirigentes ficam sempre: “como o jogador está?” Eu falo que estou com a mesma motivação de quando eu comecei a jogar futebol. O que está diferente é a maturidade. Algo que nunca tive. O amor pelo São Paulo não vai mudar o jeito que vai treinar. Eu vou entregar tudo aquilo que o torcedor entregou. Eu tenho algo a mais do São Paulo. Eu precisava vestir a camisa do São Paulo. Vestir a camisa do São Paulo é diferente. De todos os clubes que eu passei, é diferente.
Relação com Rogério Ceni
O Rogério me deve. Ele foi embora sem me pagar. Estou brincando. As coisas que aconteceram para chegar até aqui foram indo. Passou pelo Rogério, veio para a direção. A liberação de todos. Os jogadores foram fundamentais também. Foi o tempo que deveria ser. Eu não fico preso muito ao tempo. Mas esse momento foi justo. O São Paulo me deu tudo o que precisava.
Lesões
Aqui, o São Paulo tem toda uma estrutura. Lesões fazem parte de um esporte que tem contato. A última lesão, eu não tive como. Poderia ser a pessoa mais forte que tinha, mas foi um impacto vindo da parte de trás, o cara bateu no meu joelho. Eu acho que quando tem um trabalho, um esporte de contato, de queda, de carrinho, você não vai evitar. Você tem que se preparar, tem que estar sempre fazendo algo a mais, se preocupar com peso, com tudo. Evitar lesão, a gente não consegue. Eu sou muito grato por tudo o que passei para chegar aonde estou hoje.