Um dos destaques do clássico de domingo, Miranda vive bom momento em seu retorno ao São Paulo. Com gol e boa apresentação diante do Corinthians, o zagueiro abriu caminho para se firmar entre os titulares e já fala até em voltar à seleção brasileira, aos 36 anos.
"Retornar ao São Paulo é uma coisa que não tem explicação. O coração pesou na decisão. Sei que encontrei um São Paulo diferente do que o da primeira passagem, mas é o São Paulo, um dos clubes mais tops do Brasil e do mundo. Fui feliz na minha escolha", comentou o defensor, em entrevista ao canal SporTV.
No domingo, no empate por 2 a 2 com o Corinthians, na Neo Química Arena, Miranda marcou o primeiro gol da partida, o primeiro em seu retorno ao time do Morumbi. Ele se destacou mais uma vez, como tinha acontecido na partida anterior, exibindo consistência. Agora ele quer seguir mostrando serviço, de olho na Copa do Mundo do Catar, no ano que vem.
"Sim, faz parte dos meus planos voltar à seleção. No momento que eu estiver atuando e a seleção brasileira precisar do meu trabalho, com certeza estarei à disposição. Sei que tenho total condição de vestir a camisa da seleção ainda. Meu pensamento é esse", projetou o experiente zagueiro.
Miranda voltou ao time paulista exatamente dez anos após sair do clube e do Brasil. Procurado por outros clubes, inclusive brasileiros, ele admitiu que a presença de Muricy Ramalho no São Paulo pesou em sua decisão. Com o ex-treinador, ele foi tricampeão brasileiro entre 2006 e 2008.
"Dentro dos clubes que me procuraram, tinha a proposta do Coritiba, um time que tenho muito carinho e respeito. É difícil tomar uma decisão assim, mas quando eu escolhi o São Paulo foi porque o Muricy me ligou. Quando eu perguntei pro Muricy, ele falou: 'se eu estou aqui, é porque pode acreditar que é em busca de títulos, se não, não aceitaria'. Isso foi o que mais motivou a minha vinda", confessou o zagueiro.
Após deixar o São Paulo em 2011, o jogador passou quase metade do período fora do Brasil atuando pelo Atlético de Madrid, onde atuou sob o comando de Diego Simeone, argentino como seu atual treinador, Hernán Crespo. Na sua avaliação, os dois treinadores têm muita semelhança em seus trabalhos.
"Uma coisa que eles têm em comum é agressividade, querer vencer. A diferença é que o Crespo gosta de propor mais o jogo, de jogar mais com a bola. O Simeone é mais defensivo. Os dois têm a mentalidade vencedora e tem aquela filosofia do argentino, da garra, da luta. Isso que ele cobra da gente", comparou.