Um grupo de 50 conselheiros do São Paulo entrou com pedido de impeachment contra o presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. O documento foi entregue na sala do mandatário na noite desta terça-feira - a secretaria do Conselho Deliberativo estava fechada para que a ação fosse protocolada.
O principal ponto apontado pelos membros do Conselho Deliberativo do São Paulo é "gestão temerária", que envolve contratos de empréstimo assinados sem o aval do Conselho do São Paulo e o estouro do orçamento da equipe.
Assim que o documento for protocolado oficialmente na secretaria do Conselho Deliberativo, o presidente do órgão, Marcelo Abranches Pupo Barboza, fará a primeira avaliação para seguir ou arquivar o pedido. O estatuto do São Paulo prevê que, para ser destituído, um presidente precisa ter votos de 2/3 dos membros do Conselho Deliberativo.
Leco foi reeleito presidente do São Paulo em 2017 com 124 votos. José Eduardo Mesquita Pimenta teve 101. O cartola administra o clube desde 2015, quando derrotou Newton do Chapéu em eleição para completar o mandato de Carlos Miguel Aidar, que havia renunciado após denúncias de corrupção. O mandato de Leco vai até o fim de 2020.
Em 2017, um grupo de torcedores e sócios-torcedores do São Paulo levou para uma reunião do Conselho Deliberativo do clube um abaixo-assinados pedindo o impeachment de Leco. O documento tinha mais de 10 mil assinaturas, de acordo com os organizadores, e contestava ao menos 47 decisões da diretoria. A mobilização não teve sucesso.
OUTRO LADO - A diretoria do São Paulo divulgou, na manhã desta quarta-feira, uma nota oficial rebatendo o movimento. A atual gestão alega que o pedido "carece de fundamento" e é uma "peça discutível e equivocada". Leia a nota abaixo:
"Carece de fundamento o pedido de destituição protocolado ontem contra o Presidente do São Paulo Futebol Clube e sua Diretoria, conforme noticiado pela imprensa. O requerimento é uma peça discutível e equivocada, obra de uma parcela de conselheiros movida pelo intuito de criar factoides e tumultuar o ambiente do clube. A manobra ocorre, não por acaso, na véspera de decisiva partida contra o Internacional pelo Brasileirão - o que deveria ser momento de união entre as forças são-paulinas -, servindo para esses senhores de janela de oportunidade contra a gestão", afirma, também buscando desqualificar os argumentos do pedido de impeachment.
"O documento, divulgado por alguns órgãos de comunicação, baseia-se num suposto descumprimento na execução do orçamento de 2019, ainda com o ano em curso, o que, de saída, desqualifica de forma clara a argumentação. O simples fato de o ano ainda não ter terminado torna o documento insustentável perante a gravidade daquilo que está sendo requerido. É, pois, expediente oportunista de seus signatários", acrescenta.
SÃO PAULO
Grupo de conselheiros do São Paulo pede impeachment do presidente Leco
Principal ponto apontado pelos membros do Conselho Deliberativo do São Paulo é 'gestão temerária'
postado em 04/12/2019 13:42 / atualizado em 04/12/2019 14:32
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