"Sobre o presidente, já falei o que tinha de falar. Agradeço ao São Paulo por ter me dado a oportunidade. Não posso esconder o meu carinho eterno pelo clube que me revelou pelo futebol. Quem sabe um dia, depois de 2020, eu volte. Não é o momento de voltar ao São Paulo. Eu, se fosse o presidente, não me procuraria, e também não aceitaria o convite vindo dele", afirmou, em entrevista ao Fox Sports.
O ex-goleiro do São Paulo teve uma ótima temporada no Fortaleza, que culminou no acesso e no título inédito da Série B, justamente no ano de centenário do clube cearense.
Ceni falou ainda sobre sua trajetória no São Paulo, quando iniciou sua carreira de técnico. "Eu acho que primeiro tive uma grande oportunidade. Eu tenho a minha história toda baseada no São Paulo. Se fiquei chateado? Eu não fico assim... Vejo que os torcedores torcem pelo Fortaleza e acompanham como se fosse o São Paulo. Acho que cresceu muito a média de pessoas assistindo ao Fortaleza jogar, em função da minha ligação com o São Paulo", explicou.
O treinador culpou a saída de jogadores para a queda de rendimento do São Paulo sob seu comando. "Por que não tivemos sucesso? Perdemos a velocidade de lado, com Luiz Araújo e David Neres, que está fazendo sucesso na Europa. Tudo é uma máquina, um sistema. Quando você perde Thiago Mendes, eu preciso da velocidade e desses jogadores. Sem esses jogadores, fica difícil", lembrou.
Ele também reforçou que trabalhou no São Paulo com um grupo muito jovem, com atletas formados nas categorias de base em Cotia, muitos dos quais haviam subido ao time principal. E citou Militão, que já foi vendido para o Porto. "Eu fiz o meu melhor com aquele time e fico com a consciência tranquila", comentou Ceni, que nesta quinta-feira comandará o Fortaleza contra o Juventude, às 18h15, no Castelão, na festa do título da Série B..